Escrever é viver duas vezes um bom Momento.
Antonio C Almeida
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                                                    Amores em Família

          Marcela entrou na casa. Olhou para os lados procurando cumprimentar todos sem deixar ninguém de lado. As tias em um canto sorriam. Os primos em outro canto acenavam. Nada foi deixado de lado. Foi para a cozinha. Um canto que encanta tanto que todas as meninas da família se reuniam. Para ajudar nos cozidos, tudo era bem vindo. Esquecera da avó, que sentada esperava a bênção que tanto lhe agradava. Marcela caminhou resignada, por deixar de lado a razão de tanta festa, a avó, motivo de tanta angustia. De deixar tudo correto, para o aniversário de quem colocou todos no berçário. De joelhos, na rotina de quem sabe os desejos, daquela que começou ajoelhada, sem nada. Então Marcela beijou, aquela mão cansada, que no passado dera a sua graça, a quem partiu a tempos, deixando seus rebentos a cuidar de quem ficou para amar.
          A família em polvorosa. Olha a porta se abrir e recebem quem Marcela amou e despertou o respeito de sua avó. Carlos entra devagar, como se estranho fosse, como se perdido estivesse. Antes de tudo percorre a sala, Marcela, com o canto do olho, acompanha calada. Não deixando perceber, que o coração ainda bate por este ser. Carlos se ajoelha, frente à avó deseja tudo de bom que a vida possa dar. Beija-lhe a mão, roga saúde e recebe um afago no queijo de quem com gestos causa manifestos. Toda a família olha algo que Carlos recebera, o que ninguém teve, da pessoa mais amada daquela gente.
          Segundos de silêncio que precipitam horas. Marcela se perde em um olhar, quando Carlos a fita e mostra desejar, uma palavra. Como a uma cena, todos esperam um fim desta trama. Marcela olha para um lado e esconde o brilho de seu olhar. Carlos deixa de lado olhos a lacrimejar. E o barulho volta. Sons, festa não era hora de drama. A avó se levanta e dança. Em pequenos passos seguindo o compasso se balança. Deixando todos a festejar, sua grandeza.
            Copo sobre a mesa. Pratos, tachos, fartura e a fortuna dos laços. Mônica se sentou ao lado de Karla que queria a mãe do lado para falar de todos os fatos. Rafael sentou-se ao lado de Mônica, esposa que a muito esconde um amante. Marcela sabia, como todos da família, que tantos segredos guardados em potes, sairiam à mesa como cavalos a galopes. Então procurou buscar, um canto de bem estar, ao lado de sua avó. Uma luta sem dó, todos queriam estar ao lado deste bem estar.
          Todas as palavras foram ditas. Casais que manifestam seu embaraço, nas saídas com seres sem traços. Tudo resolvido nas barrigas cheias de fantasias. Marcela procurou não ser vista. Enquanto caminhava para a saída, mas não poderia sair sem o protocolo de cumprimentar a todos. Depois de tantos, novamente o silêncio quando Marcela chega ao encontro de Carlos. Ele a olha como humilhado fosse, a toca como se nunca chegasse aos amores, com esta que o levara, a saber, como é belo um amanhecer. Minuto de horas, velhas histórias. Que se rompem nos olhares que perfazem cena. Para todos na festa o amor resolverá todos os problemas. Marcela olha para a avó, que em um aceno de cabeça diz-lhe está só. Com está consciência tanta de quem sempre encanta por saber de tudo ela alerta a neta: - Pouco se sabe do mundo. Fica Marcela a decidir, se deveria se deixar levar ou partir. Deixar-se cair na idéia de que poderia evitar viver novamente um tormento. Marcela, neste segundo de horas, diz adeus, sem toques em lábios ou palavras de esperança. Então parte como chegou à bela criança. Deixando seus amados. Levando sua natureza ao largo. Para a consciência de todos do adeus a os fatos. Amante, amado fico de lado, para se viver sem mágoas.
Aparentemente só, mas acompanhada de tantos ecos, dos belos parentes que ficam imaginando que para sempre ela criança necessita de aconselhos, desta gente querida.




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Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 21/07/2011
Alterado em 21/07/2011
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