Antonio C Almeida
SOMOS TODOS POETAS
Textos
O carro não funciona
O carro não funciona. Parado na estrada observo outros carros passarem ao seu destino. O rádio toca alto uma música popular enquanto meus pensamentos vão distanciando.
Não demora e o guarda chega para me aborrecer. Multas e discursos. No trabalho devem estar se perguntando: - onde ele estará? Ninguém bata o seu ponto!
A cada dia menos um dia. A cada hora menos uma hora e este momento de minutos me parecem horas. Pego o celular e ligo para autorizada. Aquela filha da mãe! Cobra o olho da cara e é autorizada ao que? Destruir seu carro? Esvaziar os seus bolsos! Mas pelo menos fico com os olhos, estes eu perderia com certeza se deixasse às coisas se resolverem por si próprias.
Logo eles chegam e engatam o meu carro. Não sei, mas acredito que Márcia gosta de mim, apesar dela estar com Augusto sei que Augusto gosta de Karla, mas pena que Karla gosta do Rafael, se ela gostasse de Augusto, terminasse com Rafael e se entregasse para o Augusto, eu poderia ficar com a Márcia, facilitaria a coisa para mim e Íris ficaria com Rafael, apesar de tudo pelo menos, a qualquer momento posso telefonar para Íris que ela vem.
O sol está forte, imagino quantas pessoas neste momento se encontram na mesma condição que eu. E o telefone da Autorizada só vive ocupado, provavelmente muitas pessoas com seus problemas. Não consigo entender o porquê de Márcia ainda estar com Augusto. Por que toda fatalidade é acompanhada? Agora é o meu rádio que não funciona. Aquele filho da mãe do Marcio, o desgraçado quer pegar o meu cargo no trabalho. Um vagabundo incompetente e boçal, e o meu Chefe acredita que ele valha alguma coisa. Ei tem um carro parando atrás do meu.
- Marcio!
- Cara, estava indo para o trabalho e vi o seu carro e não acreditei que era você, chegando ao trabalho percebi que você não estava então resolvi voltar para ver se poderia dar uma mão.
- Rapaz você realmente é um grande amigo, mas já liguei para autorizada, valeu, alivia o meu lado no trabalho, valeu.
- Então até mais, se cuida.
Desgraçado, safado, veio só para fazer pouco de minha cara. Se eu colocar o meu relatório na mesa do chefe até amanhã, eu acredito que consiga derrubar esta banca dele. O chefe nos deu trinta dias de prazo, como o meu relatório já está pronto com quinze dias de antecedência é provável que o chefe o pressione a entregar o relatório dele e assim ganho alguns pontos.
Mas que gata naquele carro, deve ser o carro do marido ou do amante. Opa lá vem a Autorizada.
- Ei aqui meu, vai para aonde, Ei...
Não é o meu dia mesmo.
O carro não funciona. Parado na estrada observo outros carros passarem ao seu destino. O rádio toca alto uma música popular enquanto meus pensamentos vão distanciando.
Não demora e o guarda chega para me aborrecer. Multas e discursos. No trabalho devem estar se perguntando: - onde ele estará? Ninguém bata o seu ponto!
A cada dia menos um dia. A cada hora menos uma hora e este momento de minutos me parecem horas. Pego o celular e ligo para autorizada. Aquela filha da mãe! Cobra o olho da cara e é autorizada ao que? Destruir seu carro? Esvaziar os seus bolsos! Mas pelo menos fico com os olhos, estes eu perderia com certeza se deixasse às coisas se resolverem por si próprias.
Logo eles chegam e engatam o meu carro. Não sei, mas acredito que Márcia gosta de mim, apesar dela estar com Augusto sei que Augusto gosta de Karla, mas pena que Karla gosta do Rafael, se ela gostasse de Augusto, terminasse com Rafael e se entregasse para o Augusto, eu poderia ficar com a Márcia, facilitaria a coisa para mim e Íris ficaria com Rafael, apesar de tudo pelo menos, a qualquer momento posso telefonar para Íris que ela vem.
O sol está forte, imagino quantas pessoas neste momento se encontram na mesma condição que eu. E o telefone da Autorizada só vive ocupado, provavelmente muitas pessoas com seus problemas. Não consigo entender o porquê de Márcia ainda estar com Augusto. Por que toda fatalidade é acompanhada? Agora é o meu rádio que não funciona. Aquele filho da mãe do Marcio, o desgraçado quer pegar o meu cargo no trabalho. Um vagabundo incompetente e boçal, e o meu Chefe acredita que ele valha alguma coisa. Ei tem um carro parando atrás do meu.
- Marcio!
- Cara, estava indo para o trabalho e vi o seu carro e não acreditei que era você, chegando ao trabalho percebi que você não estava então resolvi voltar para ver se poderia dar uma mão.
- Rapaz você realmente é um grande amigo, mas já liguei para autorizada, valeu, alivia o meu lado no trabalho, valeu.
- Então até mais, se cuida.
Desgraçado, safado, veio só para fazer pouco de minha cara. Se eu colocar o meu relatório na mesa do chefe até amanhã, eu acredito que consiga derrubar esta banca dele. O chefe nos deu trinta dias de prazo, como o meu relatório já está pronto com quinze dias de antecedência é provável que o chefe o pressione a entregar o relatório dele e assim ganho alguns pontos.
Mas que gata naquele carro, deve ser o carro do marido ou do amante. Opa lá vem a Autorizada.
- Ei aqui meu, vai para aonde, Ei...
Não é o meu dia mesmo.
Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 20/04/2009
Alterado em 27/06/2011
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