Te Admirava Pela Janela
Madrugada
Sem sol, sem nada
As luzes da cidade me guardam
Na escuridão lembrava
Teus passos lentos a seguir sem tormento
Perturbando quem te acompanha ao olhar
Te ver passar
Nesta estrada da vida
Lenta e decidida
Deixando quem olha em tormento
Deixando os corpos em lamento.
Os raios do sol me cegam
Atravessando as frestas da cortina
Iluminando meu quarto nesta noite fria
Deixando um cheiro no ar
Deixando o suspense chegar
Te ver passar
Na passarela da vida.
Somos almas destemidas
Quando seguramos os prantos
Quando fechamos os cantos
De nossa face
Das nossas necessidades
Dos tormentos da vida
Das feridas lavadas
Vidas que não são mais vivas.
E vem
Como um relógio a balançar
Nesta manhã fria
Mais que fria
O tormento
De apenas te olhar
Amar
Sem amar
Cheirar
Sem cheirar
Te ver passar.
Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 22/04/2009
Alterado em 05/12/2009