O último beijo
Madrugada, eu estava sentado no sofá, um gole um trago, olhava fixo para a televisão, algum programa estava passando, não sei qual, mas a TV me acompanhava em minhas andanças pela lembrança.
Foi como um pesadelo, ela estava linda olhando a vitrine de uma loja eu ia chegando lentamente para abraçá-la quando alguém chegou à minha frente e a apertou e cheirou o seu pescoço, eu já sabia, o meu tempo tinha se esgotado, mas como eu a amava, corri para dentro de meu carro e disparei para qualquer lugar, chorava e meditava, aquela boca, aquele cheiro, eu tenho que guardar, não posso deixar de tentar mergulhar naquela piscina de seu olhar. Parei o carro em uma lanchonete, olhei em volta como se procurasse alguém que pudesse a substituir, para superar a perda de um grande amor só outro, mais intenso, percebi que era inútil e que sofreria por meses até conseguir esquecer, então toca o celular, era ela, falava mansa dizendo que queria almoçar comigo, eu prontamente aceitei e escolhi o restaurante que nós aviamos escolhido como o nosso canto especial, ela estranhou, mas aceitou.
Meio dia e meia, eu estava sentado, aguardando o garçom chegar quando ela entrou pela porta, estava estranhamente nervosa, olhava para os lados, tropeçou em seu próprio sapato, se repôs e veio caminhando até a mesa, na minha cabeça eu pensava, é agora o meu último beijo, ela foi chegando lentamente e quando ela estava na distância exata eu a beijei, como a beijei quando havíamos começado a namorar, falei várias vezes ao seu ouvido o quanto eu a amava e ela me falou:
- Eu não acredito, não posso me conter, Marcos eu aceito me casar com você.
Eu fiquei perdido e embriagado pela situação, mas aproveitando eu lhe perguntei – Como você adivinhou?
Madrugada, eu estava sentado no sofá, um gole um trago, olhava fixo para a televisão, algum programa estava passando, não sei qual, quando Rafaela se sentou ao meu lado e me beijou, naquele dia ela me apresentara o seu primo, uma boa pessoa que a beijou e cheirou na loja, estou noivo da mulher de minha vida, Como eu a Amo.
Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 10/05/2009
Alterado em 24/07/2009