Antonio C Almeida
SOMOS TODOS POETAS
Textos
Mulheres impossíveis
...Meu chefe entrou apressado, caminhou até o meio do escritório e ralhou ao falar:
- Depois de tanto falar e organizar esta porcaria de escritório me vem vocês e perdem o negócio de nossas vidas, agora estou sendo transferido para outra filial e vou trabalhar para acabar com todos vocês.
Entrou apressado em sua sala e começou a esvaziar as gavetas, comecei a trabalhar tentando me esconder atrás de um computador, na sala do café meus colegas de trabalho Orlando e Marcos se estapeavam, agiam assim todos os dias, Márcia e Rosangela sentaram uma ao lado da outra fazendo fofoca. Então a hora de irmos embora e todos correram para a porta de saída enquanto o chefe continuava na sala limpando a sua mesa.
Por volta das oito horas da noite me encontrava a frente da porta de meu apartamento, quando percebi que o apartamento ao lado, antes vago, tinha uma moradora nova. A porta do apartamento ao lado se abriu e uma mulher por volta de seus 40 e tantos anos saiu, me vendo ela virou a cabeça e me cumprimentou, ela era uma mulher pequenina, gordinha, cabelos bem arrumados e maquiagem discreta, ela caminhou até o elevador e sumiu entre os andares, voltei para o meu apartamento e me preparei para encontrar com os amigos, era dia de sexta-feira e pensei, “O que uma mulher daquelas iria fazer a noite?”.
Segunda-feira
Saí de casa correndo, ainda estava de ressaca da noite de sábado e domingo, entrei no meu carro e toquei para o trabalho, quando encostei o carro em frente ao prédio onde trabalhava, um taxi parou na traseira de meu carro, dele desceu à senhora que se mudara para o lado de meu apartamento, com uma pasta, roupa alinhada, um terninho azul.
Caminhei até o elevador e lá estava ela, me olhou e me cumprimentou com a cabeça, chegando ao quarto andar, andar onde trabalho, ela desceu e lá estava meu chefe, pegou na mão da minha vizinha e a levou cuidadosamente para a sua sala, eu cá pensei, meu chefe que pegava a Márcia e a Rosangela, mudou radicalmente, é o tempo.
Todos os funcionários foram reunidos no centro de nosso escritório, meu chefe estava no lado oposto ao dos funcionários, do lado de sua velhota, então:
- Senhores, eu... Antes que ele terminasse a frase a velhota falou.
- Senhores e Senhoras.
- Desculpe e Senhoras.
Bem, diante disto observando bem, a minha vizinha não era tão feia assim, o seu vestido era bem alinhado, o seu cabelo muito bem penteado e apesar de baixa tinha um charme que atrairia muitos homens.
- Está aqui é a nova gerente, chefe de vocês, Raquel Inês Dantes, ela é a coordenadora estadual de negócios da empresa e veio para restabelecer os negócios pendentes desta filial.
Considerando que o chefe havia avisado que colocaria uma pessoa na firma que arruinaria a vida de todos da empresa, assumimos que estávamos em perigo.
- Tudo deve continuar como se eu não estivesse aqui, fiquem a vontade e continuem com seus bons trabalhos.
Feito este pequeno discurso a Dra Raquel foi até a sua sala e após algum tempo saiu com o meu chefe. Passaram-se algumas horas e ela voltou, prontamente todos os funcionários foram ao seu encalço, apertaram-lhe a mão e a acariciaram até ela chegar ao seu escritório, chegando lá ela pegou algo da bolsa e pendurou na parede, arrumou a mesa, chamou a sua secretária, que veio com ela do seu antigo posto na empresa, e ambas saíram do escritório. Todos da sala correram para o escritório da Dra Raquel a fim de ler o que estava na parede, que continha: Para os meus queridos funcionários segue uma lista dos apelidos que podem me chamar – Baixinha, Gorda, Velhota, Enrugada, feia e bruxa; e ainda abria um espaço para novos apelidos que algum funcionário poderia ter em mente, saímos correndo da sala da Dra Raquel, passaram-se alguns minutos e ela voltou com a secretária, e um homem que parecia um pintor, ela ficou algum tempo apontando para as paredes de todo o escritório.
No outro dia aguardei do lado de fora do apartamento até que a Dra Raquel saiu do dela:
- Bom dia Dra Raquel.
- Para você pode ser Quel.
- Gostaria de uma carona?
- Claro.
Chegamos até o escritório em que trabalhava, ele estava totalmente modificado, as paredes pintadas, moveis colocados em locais diferentes, como, a minha mesa que ficava em frente a parede agora estava colada de frente com a mesa de Rosangela, assim como todas as outras mesas estavam arrumadas de forma a colocar um funcionário de frente para o outro, a sala onde ficava o chefe e agora a Dra Raquel, haviam arrancado a porta e em cada parede, em seu canto, fora colocado um caixinha de perfume.
Dra Raquel caminhou entre os funcionários, cumprimentando individualmente cada um, com um beijo e um abraço, ela trazia consigo uma caixa de bombons que entregava a cada pessoa que encontrava.
Passou-se dois meses que a Quel chegou ao escritório e agora temos a maior produção do estado, além de termos contratado mais funcionários, no escritório as coisas andam em plena harmonia, agora estou com a Quel, sei o que ela faz a noite e acredite, ela sabe o que é viver.
...Meu chefe entrou apressado, caminhou até o meio do escritório e ralhou ao falar:
- Depois de tanto falar e organizar esta porcaria de escritório me vem vocês e perdem o negócio de nossas vidas, agora estou sendo transferido para outra filial e vou trabalhar para acabar com todos vocês.
Entrou apressado em sua sala e começou a esvaziar as gavetas, comecei a trabalhar tentando me esconder atrás de um computador, na sala do café meus colegas de trabalho Orlando e Marcos se estapeavam, agiam assim todos os dias, Márcia e Rosangela sentaram uma ao lado da outra fazendo fofoca. Então a hora de irmos embora e todos correram para a porta de saída enquanto o chefe continuava na sala limpando a sua mesa.
Por volta das oito horas da noite me encontrava a frente da porta de meu apartamento, quando percebi que o apartamento ao lado, antes vago, tinha uma moradora nova. A porta do apartamento ao lado se abriu e uma mulher por volta de seus 40 e tantos anos saiu, me vendo ela virou a cabeça e me cumprimentou, ela era uma mulher pequenina, gordinha, cabelos bem arrumados e maquiagem discreta, ela caminhou até o elevador e sumiu entre os andares, voltei para o meu apartamento e me preparei para encontrar com os amigos, era dia de sexta-feira e pensei, “O que uma mulher daquelas iria fazer a noite?”.
Segunda-feira
Saí de casa correndo, ainda estava de ressaca da noite de sábado e domingo, entrei no meu carro e toquei para o trabalho, quando encostei o carro em frente ao prédio onde trabalhava, um taxi parou na traseira de meu carro, dele desceu à senhora que se mudara para o lado de meu apartamento, com uma pasta, roupa alinhada, um terninho azul.
Caminhei até o elevador e lá estava ela, me olhou e me cumprimentou com a cabeça, chegando ao quarto andar, andar onde trabalho, ela desceu e lá estava meu chefe, pegou na mão da minha vizinha e a levou cuidadosamente para a sua sala, eu cá pensei, meu chefe que pegava a Márcia e a Rosangela, mudou radicalmente, é o tempo.
Todos os funcionários foram reunidos no centro de nosso escritório, meu chefe estava no lado oposto ao dos funcionários, do lado de sua velhota, então:
- Senhores, eu... Antes que ele terminasse a frase a velhota falou.
- Senhores e Senhoras.
- Desculpe e Senhoras.
Bem, diante disto observando bem, a minha vizinha não era tão feia assim, o seu vestido era bem alinhado, o seu cabelo muito bem penteado e apesar de baixa tinha um charme que atrairia muitos homens.
- Está aqui é a nova gerente, chefe de vocês, Raquel Inês Dantes, ela é a coordenadora estadual de negócios da empresa e veio para restabelecer os negócios pendentes desta filial.
Considerando que o chefe havia avisado que colocaria uma pessoa na firma que arruinaria a vida de todos da empresa, assumimos que estávamos em perigo.
- Tudo deve continuar como se eu não estivesse aqui, fiquem a vontade e continuem com seus bons trabalhos.
Feito este pequeno discurso a Dra Raquel foi até a sua sala e após algum tempo saiu com o meu chefe. Passaram-se algumas horas e ela voltou, prontamente todos os funcionários foram ao seu encalço, apertaram-lhe a mão e a acariciaram até ela chegar ao seu escritório, chegando lá ela pegou algo da bolsa e pendurou na parede, arrumou a mesa, chamou a sua secretária, que veio com ela do seu antigo posto na empresa, e ambas saíram do escritório. Todos da sala correram para o escritório da Dra Raquel a fim de ler o que estava na parede, que continha: Para os meus queridos funcionários segue uma lista dos apelidos que podem me chamar – Baixinha, Gorda, Velhota, Enrugada, feia e bruxa; e ainda abria um espaço para novos apelidos que algum funcionário poderia ter em mente, saímos correndo da sala da Dra Raquel, passaram-se alguns minutos e ela voltou com a secretária, e um homem que parecia um pintor, ela ficou algum tempo apontando para as paredes de todo o escritório.
No outro dia aguardei do lado de fora do apartamento até que a Dra Raquel saiu do dela:
- Bom dia Dra Raquel.
- Para você pode ser Quel.
- Gostaria de uma carona?
- Claro.
Chegamos até o escritório em que trabalhava, ele estava totalmente modificado, as paredes pintadas, moveis colocados em locais diferentes, como, a minha mesa que ficava em frente a parede agora estava colada de frente com a mesa de Rosangela, assim como todas as outras mesas estavam arrumadas de forma a colocar um funcionário de frente para o outro, a sala onde ficava o chefe e agora a Dra Raquel, haviam arrancado a porta e em cada parede, em seu canto, fora colocado um caixinha de perfume.
Dra Raquel caminhou entre os funcionários, cumprimentando individualmente cada um, com um beijo e um abraço, ela trazia consigo uma caixa de bombons que entregava a cada pessoa que encontrava.
Passou-se dois meses que a Quel chegou ao escritório e agora temos a maior produção do estado, além de termos contratado mais funcionários, no escritório as coisas andam em plena harmonia, agora estou com a Quel, sei o que ela faz a noite e acredite, ela sabe o que é viver.
Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 28/05/2009
Alterado em 28/05/2009
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