(...) Mônica chorava em seu apartamento, solitária e arrependida. Marcio viajara para outro estado, à procura de trabalho e o seu ato antes de viajar fora, pedi-la em casamento, com toda a sua vida amparada em sua cidade, amigos, família e emprego, ela se negou a deixar tudo por uma paixão, mas o tempo passou e a paixão continuou a perturbá-la em suas noites vazias. Para piorar a cada segunda-feira às 22h00min. o telefone toca e ela sabe que é Márcio, pois, o recado fica gravado na secretária eletrônica.
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Em um bar próximo...
Rômulo, Carlos e Samuel comemoram a inclusão do grupo em um projeto financiado por uma empresa de propaganda, Rômulo não se contém e passa a maior parte do tempo olhando para outra mesa onde cinco amigas se divertem ao perceber os olhares dos três rapazes desorientados:
- Rômulo eu duvido que você consiga pegar aquela loirinha – Falava Carlos entre sorrisos e acenos.
- Essas meninas se fazem de difíceis mais basta uma palavra para que elas se desmanchem e se apaixonem.
- Fale chegado, até parece – Falava Samuel entre risadas.
Então Rômulo pegou caneta, papel em sua pasta e começou a escrever, enquanto os seus amigos riam e gesticulavam, não demorou muito para que Rômulo terminasse a carta, dobrou-a e levantou para levar até as meninas. Quando ele se virou, percebeu que elas haviam se retirado do bar, desanimado convidou os amigos para saírem para outro bar.
Os rapazes deixaram a mesa após pagarem a conta, quando a garçonete chegou até a mesa para limpa-la encontrou um papel dobrado sobre a mesa, colocou-o em sua roupa e correu para a rua tentando alcançar os rapazes, mas não teve sorte. Voltou calmamente para o bar e continuou a desenvolver o seu trabalho.
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Mônica ouviu pela última vez o recado de Marcio, tomou um banho e se deitou, pegou no sono e dormiu.
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Margarida, a garçonete, terminou o seu expediente e foi trocar de roupa, ao começar a colocar a roupa no armário observou que ela continha um papel, começou a Ler, após alguns minutos começou a chorar e a limpar seu rosto com o avental, colocou novamente o bilhete em sua roupa e essa no armário.
Davi, amigo de Margarida no serviço, entra no vestiário, vendo o armário de Margarida aberto começou a xeretar, olhou as fotografias e encontrou o bilhete, ficou muito impressionado e o colocou em sua roupa, caminhou até a porta de saída do trabalho e foi para casa.
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Marcio em sua casa na cidade de São Paulo chora e implora o telefonema de Monica. Na semana anterior ele enviara uma encomenda para Monica, o anel de noivado, se ela não o colocasse tudo estaria perdido.
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Davi chegou em casa, tirou a roupa e foi até o banheiro, enquanto seu primo, que divide o apartamento com ele, chega, percebe que Davi está tomando banho e senta na cama para esperar, quando observa ao seu lado uma carta, a lê e se emociona, coloca a carta em sua camisa de trabalho.
07h00min, o primo de Davi caminha até o trabalho, ele é carteiro, entra em seu trabalho, pega os pacotes reservados para aquele dia e começa a fazer suas entregas, quando chega à frente de uma determinada casa, retira um pacote de sua sacola, aperta a campainha e Monica abre a porta. O carteiro assustado com a presença da jovem, deixa o pacote cair, ao se abaixar, um papel cai de sua roupa, ele não percebe, Monica recebe o pequeno pacote, o carteiro se afasta, quando Monica percebe a carta no chão. Monica entra em casa, deixa o pacote em uma escrivaninha e vai para o trabalho.
21h00min, Monica chega em casa, abre o pacote e percebe o anel, olha a carta lê.
Querida eu sei, pouco nos conhecemos, mas o que é o relacionamento do que um trabalho que envolve duas pessoas que procuram se conhecer. Sei que neste momento posso lhe parecer um breve tormento, mas no instante em que te olhei percebi que estava ali a razão de minha vida. Espero não lhe assustar com estas palavras, mas este coração chora e implora por seu tempo, poder olhar-te e falar-te que desespero em saber quais os segredos que sua mente guarda, tento imaginar, qual a vida que poderia lhe dar para conservar os prazeres que espero lhe entregar.
Pode parecer um louco expressando a sua loucura, mas garanto que é um apaixonado demonstrando a sua ternura, conto estar próximo dos encantos que essa visão me traz, quero estar próximo aos seus prantos para lhe acomodar, em um canto onde seus encantos e a minha dedicação a você sobressairá a qualquer momento de tormento em que possa passar. Não sei se faço o seu tipo, mas garanto que você é meu vício.
Não negue que gostou
Aceite e aproveite
Todo o Amor que posso te dar.
Mônica apertou a carta no peito quando o telefone toca:
- Monica aqui é o Marcio...
- Não fale nada, Aceito.
Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 14/07/2009
Alterado em 14/07/2009