Escrever é viver duas vezes um bom Momento.
Antonio C Almeida
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Segundas Intenções
 
                (...) Elena caminhava tranqüila em volta do quarteirão em que morava, ao seu lado a sua estimada amiga, Raquel, companheira de muitas e muitas andanças, tanto nas caminhadas quanto ao Shopping, Bares, restaurantes; entre elas se colocava Huqui, cão da raça Rottweiler. Elena se orgulhava de seu bichinho de estimação que além de companheiro servia como bom guarda costas.
                Durante a corrida Huqui se soltou da corrente, correndo com a coleira pulou nas costas de um mendigo que passava no local, Elena tratou de Recuperar a coleira, mas o homem fora mordido pelo cachorro, rapidamente um grupo de populares cercou as meninas exigindo retratação ao mendigo, Elena tratou de se defender:
                - Esta coisa sempre passa por aqui mexendo com as meninas que passam, atrapalhando a calçada, acreditem esta pessoa vive de Segundas Intenções, não tem vida própria. No mesmo instante os populares começaram a chutar o mendigo que gritava para todos que ele trabalhava para polícia e que estava disfarçado, o mendigo correu até se desvencilhar da turba que não parava de gritar “Fora Maluco”.
                Elena e Raquel tinham como hábito, após a corrida, deixar o Huqui em casa e logo após servirem-se de um bom café em uma cafeteria próxima a sua casa. Como a todos os dias ambas chegam à cafeteria, logo quando entram são cumprimentadas pelos funcionários da casa que conheciam bem as meninas, as admiravam pela beleza, organização de vida e pela proximidade da amizade que levavam as duas ao morarem juntas.
                Em dado momento entrou na cafeteria um homem bem arrumado cabelos grisalhos, de boa aparência. As meninas ficaram interessadas no homem que acabara de entrar. Do lado de fora um Fiat Linea LX ocupara uma das vagas reservadas a lanchonete na calçada, o carro do homem que acabara de entrar. Elena e Raquel observaram o homem e começaram a desenvolver uma teoria sobre quem poderia ser aquela pessoa. Raquel se adiantou em dizer que aquela pessoa se tratava de um conquistador barato de meia idade que achava que a sua posição de bem empregado, boa aparência e com ar paternal possibilitaria a ele conquistar qualquer jovem inexperiente. Elena concordou com Raquel e acrescentou que este tipo de pessoa necessitaria de uma boa lição para se colocar em seu lugar.
                Passado alguns minutos o homem se levanta da mesa ao qual estava sentado e caminha até a mesa das meninas. Elas se entreolham e abrem um sorriso sínico. O homem se aproxima e fala:
                - Desculpe-me jovens não pude deixar de perceber que vocês costumam correr, estão vestidas com traje de corrida...
                Raquel interrompeu e se apressou em responder que elas estavam aproveitando a manhã para conversar, uma conversa pessoal. O homem tratou de desconversar e continuou:
                - Meu nome é Carlos e sou professor de Direito na Faculdade Latente e cheguei a pouco na Cidade, gosto de caminhadas, mas se estou incomodando.
                Elena rapidamente se dispôs a continuar com a conversa, afinal ela estudava na faculdade Latente no curso de Direito.
                - Senta Carlos, eu sou estudante nesta faculdade, que disciplina que o Sr Ministra.
                - Hora, não é necessário me chamar de senhor. Ainda não me colocaram em nenhuma, mas a minha preferência é Direito Cível, então posso caminhar com as Senhoras?
                - Hoje é sexta e não costumamos caminhar no sábado desculpe.
                - Então o que vocês acham de um jantar hoje à noite.
                Raquel fechou os olhos como se não acreditasse e preparou uma resposta adequada, mas foi interrompida por Elena, que a chutou por baixo da mesa e se apressou a responder. – Claro, que tal no restaurante...
                Após alguns minutos Carlos se despediu das meninas e saiu do estabelecimento, pegou o seu carro e saiu em disparada. Raquel olhou de cara fechada para Elena que logo a respondeu.
                - Calma Quel, este merece receber um corretivo para se colocar em seu lugar. Vamos sim ao encontro, vamos levar o Márcio e o Huggo.
                Raquel deu uma gargalhada e ambas saíram do estabelecimento.
                Vinte e duas horas e as meninas chegam com seus acompanhantes no restaurante, caminham até a mesa que deveria se encontrar o professor Carlos, ele não estava, as meninas esperam alguns minutos e acabam pedindo o prato para o jantar. As horas passam e como os acompanhantes das meninas estavam impacientes, elas resolvem voltar para casa. 03h35min, o táxi com os casais chega à residência das meninas, alguns visinhos se encontravam do lado de fora de suas casas, logo quando as meninas desceram do carro uma vizinha veio lhes perguntar:
                - Vocês foram despejadas?
                - Não, respondeu Raquel apavorada.
                Elena correu até a porta de sua casa, abriu a porta de entrada e percebeu que não faltava nada, correu pelos corredores até que começou a gritar, seu cão não respondia, caminhou até o quintal e viu encima da casa de cachorro uma roupa suja, chegou mais perto e observou que lá se encontrava um bilhete que estava escrito: Segundas Intenções.


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(Em seu tempo vago, caso possa, leia o Romance Alma Assassina, de minha autoria. Colocado em Contos/Amor dividido em capítulos – No Cap II é que realmente a história toma corpo viajando entre várias épocas até chegar a um final eletrizante e dinâmico – Conto com a sua ajuda. - Todo sábado pela manhã)
 

Mas se desejar ler mais um conto vá até Contos/Amor e Leia: Tudo por um Amor - Conto de minha autoria.

Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 20/10/2009
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