Escrever é viver duas vezes um bom Momento.
Antonio C Almeida
SOMOS TODOS POETAS
Capa Meu Diário Textos Áudios E-books Fotos Perfil Livros à Venda Prêmios Livro de Visitas Contato Links
Textos
          O Maior Valor é
Saber se Amar.
     


           Amar-se e Viver




          O
s móveis bem colocados em posições cuidadosamente estudadas, uma cama de casal com um tamanho bem maior que o utilizado normalmente por casais, lençóis limpos bem esticados sobre um cobertor azul, ao lado da cama criados mudo, do lado esquerdo da cama encostado na parede uma escrivaninha com algumas gavetas, do lado direito encostado na parede e a um armário um conjunto de almofadas enormes e na porta do centro do armário a entrada para um banheiro de azulejos brancos com o espaço para o chuveiro bem espaçoso e com uma cadeira. No quarto sobre a escrivaninha estava um jarro para plantas ainda vazio, são meia noite. Cinco horas da manhã, Valentin se vira lentamente na cama olha sobre os ombros e observa Meire ainda em um sono profundo, calmamente ele se levanta da cama e caminha até a cozinha, pega a taça de vinho ao qual no início da madrugada servira vinho a Meire, abre a torneira da pia o mínimo possível e a lava com cuidado, assim como a dele, com o intuito de não deixar nenhum vestígio do afrodisíaco que colocara na taça dela logo ao chegar durante a madrugada, colocou seu casaco, arrumou o cabelo, sabendo que naquela hora a padaria e a banca de jornal estariam abertas ele saiu lentamente pela porta encostando-a com cuidado afim de não acordar Meire que aparentava estar em sono profundo. A porta se fechou e Meire pôde em fim abrir os olhos, fingiu-se dormir por longas horas, não agüentava mais Valentin, mas por algum motivo não pôde evitar o seu assédio, cansada daqueles momentos sentou-se em frente à escrivaninha e iniciou uma carta de despedida, ela sabia toda a rotina de Valentin inclusive o tempo contado em passos de sua casa até a padaria e a banca de jornal, olhando para o relógio e acreditando que este seria o motivo ao qual levou Valentin a sair, ela sabia, sem dúvida, que teria tempo o suficiente para escrever uma carta, organizar as suas coisas e sair em busca de um táxi.
          Levantou-se da cama caminhou até a um pequeno banco e sentada ainda nua em frente à escrivaninha começou a escrever a sua carta de despedida, foi até o banheiro para se banhar. 
          Valentin entrou no quarto preocupado em não acordar Meire, ele voltou no meio do caminho para a padaria pois esquecera sua carteira com o dinheiro para comprar o que desejava, observou que na cama desarrumada não estava a sua amada, caminhou um pouco até que pôde ouvir o barulho do chuveiro e percebeu onde ela estava, mas antes que ele fosse aborda-la observou um bilhete em sua escrivaninha, se assustou ao ler que Meire pretendia abandona-lo, assustado parou estático pensando em uma saída, abruptamente em seu rosto abriu-se um grande sorriso. 
          Valentin caminhou até a janela de seu quarto e em movimentos rápidos, não tinha muito tempo, pois não sabia quanto tempo Meire ficaria no banheiro, abriu a janela procurando deixar as cortinas bem espalhadas, se debruçou no parapeito a fim de pegar um grande galho de uma arvore que há muito tempo ele queria derrubar, este se curvava em direção de sua janela. Arrancando folhas e pedaços de madeira Valentin cuidadosamente procurou jogar os galhos aleatoriamente próximos a janela e espalhando as folhas, colocando-as no chão, como uma trilha que levava quem as seguisse até a escrivaninha, colocou várias folhas sobre ela, derrubou o jarro com as flores que ele comprara na noite passada a fim de seduzir Meire, deixando que a água cai-se sobre o papel que ela iniciara uma carta; pegou o colar que no auge da noite jogara no chão do quarto e o colocou no caminho da janela, cuidadosamente saiu do quarto não se esquecendo do dinheiro, correu ferozmente até a padaria, em frente à porta da padaria parou e respirou profundamente, voltando à calma ele entrou na padaria para continuar a sua rotina.
         Meire saiu do banheiro um pouco tonta, ao ver o quarto sujo com a janela aberta caminhou até a janela imaginando que um vento forte a abrira, no caminho tropeçou em alguma coisa, era o colar que ganhara na noite passada junto a um grande beijo e longos abraços, com um olhar meigo olhou-o e o arremessou sobre a cama, caminhou até a janela a fechou observando que a arvore também sofrera com o vento, quebrado alguns galhos e soltado algumas folhas, um pouco dolorida caminhou pelo quarto se apoiando nos móveis até chegar à escrivaninha, a escrivaninha estava curiosamente molhada, da mesma forma o bilhete que estava iniciando a escrever, as flores que Valentin lhe dera na noite passada estavam espalhadas sobre a escrivaninha, cansada ela pegou as flores e as cheirou, sorrindo começou a chorar e soluçar, lentamente arrumou toda a bagunça organizou o quarto e foi até a cozinha preparar um café para Valentin; enquanto a cafeteira passava o café ela pegou em sua bolsa um frasco com comprimidos de um remédio que em algumas ocasiões tomava para dormir, amassou alguns comprimidos, retirou a tampa de um adoçante que Valentin costumava usar, retirou o que continha do adoçante procurando deixar o suficiente para adoçar ao menos dois cafés, colocou o remédio em substituição do adoçante que retirara, misturou o resto de adoçante com o remédio e voltou para a cama o mais rápido que pôde, ela sabia que logo Valentin voltaria.
         Valentin voltou carregando consigo o pão e o jornal, ele observou o quarto e percebeu que ele estava impecavelmente limpo, se dirigiu a cama onde Meire estava deitada, Meire se virou, o olhou e se esforço para esboçar um sorriso.
         – querida que tal comermos algo e aproveitarmos enquanto o pão ainda esta quente para fazermos um belo café - falou Valentim para Meire demonstrando um pouco de constrangimento.
         - Querido, eu já fiz o café, mas se você esperar um pouco além do café poderemos namorar.
         Valentin caminhou até a cozinha intrigado, pois ele estava cansado pelo o que ocorreu na madrugada e ainda mais pela disposição de Meire que a pouco escrevera um bilhete de despedida, sentou-se à mesa e enquanto colocava o seu café e o adoçava,  imaginava como uma mulher que ele praticamente violentara na madrugada passada,  poderia estar tão ardente, no seu rosto abriu-se um leve sorriso e ele concluiu “meu plano deu certo, sou infalível”, andou até a cama e deitou-se ao lado de Meire, ela o abraçou e lhe pediu que esperasse ao menos por trinta minutos, ela necessitava dormir. Ao passar alguns minutos Valentin caiu em sono profundo, Meire levantou da cama e escreveu um bilhete para valentim:
     
      14h00min, a polícia é chamada para verificar uma morte em um apartamento de um condomínio, um homem  fora envenenado, como única pista eles encontraram um Bilhete".

     "Valentim, não sou apenas carne, tenho alma e a minha alma pede calma e atenção. Devemos Amar em primeiro lugar a nós mesmo e em segundo lugar alguem que morra por você. Meire" Obs: Me liga quando acordar deste sono eterno.

 
 (Em seu tempo livre, caso assim desejar, gostaria de sua ajuda através da leitura do Romance ALMA ASSASSINA – de minha autoria e colocado em Contos/Amor CAP III – O inferno de Raquel, este que revela o elo entre Raquel e os eventos do CAP – II e prepara para o final envolto em Morte, Amor e com uma grande perseguição policial – Obrigado pelas leituras)
 
 
                   Próximo Capítulo
                             CAP IV
                  ALMA ASSASSINA
(Morte, Amor e perseguição policial)
            O DESTINO DE RAQUEL

Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 09/11/2009
Alterado em 12/11/2009
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
Comentários