RECOMEÇAR
Agenda empoeirada
Nomes que não dizem mais nada
Empilhados em um canto da história
Vaga recordação.
Diante da estante um instante
Meditar pensar delinear
Estudar para depois abandonar
Adormecidos no tempo que se esquece.
Velha poeira na calçada
Pegadas apagadas
Varridas para debaixo do tapete
Ou deixadas na beira das estradas.
Vão-se roupas
Trocam-se guarda-roupas
Toque retoque cicatrizes poucas
Que não desaparecem prescrevem
O que vai com a voz rouca.
Do conquistado à ilusão
Que se faz alusão
O que segue em nova história
Ficando numa nova memória.
Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 12/01/2010
Alterado em 30/06/2018