Tempo e Vida
Perto do final, lá quando quase tudo é ensinar. Estará à certeza que o tempo é contínuo. Parece óbvio, mas quando se trata de percepção, só sentimos a idade quando recebemos o choque do espelho.
O instante encontra-se em um milionésimo de segundo em eterna modificação.
Chega-se à conclusão que o único início e fim de um evento só se encontra na memória. Momento formado, montado, executado, exaurido e que está no passado. Incluso no que é lembrança. Que é uma edificação que não se fragmenta pois seus alicerces são perenes.
Com cuidado, devemos construir dentro deste milionésimo de segundo alicerces, que sustentem este algo que ficará para toda a eternidade em arquivo.
Em contraponto, vive-se para se aprender a viver, com o único objetivo de ensinar a quem acredita que sabe tudo sobre o seu tempo de vida. Da mesma forma que crescemos neste princípio de contínua aprendizagem, questionando quem questionou a quem questionava em todas as suas idades.
Este texto tenta levar para os colegas escritores, um pouco da percepção da vida e do tempo a partir do que tenho de conhecimento sobre o assunto.
Prevalecendo a característica típica do ambiente que publicamos, textos em que a irreverência e o respeito são elementos encontrados em sua maioria.
Obviamente as minhas descrições de tempo e vida são apenas rabiscos repugnantes. Considerando que tais assuntos podem e provavelmente foram temas de monografias, batalhas teóricas realizadas por milênios pelas melhores cabeças de nossa história. Mentes que pensam, filósofos ou não. Meu objetivo é o entretenimento com um pouco de informação, aproveitando o processo para um exercício de leitura e contextualização.
Tempo
De acordo com o Dicionário Aurélio, tempo é a sucessão dos anos, dos dias, das horas. Que envolve, para o homem, a noção de presente, passado e futuro.
Cabe ressaltar que o nosso querido Dicionário Aurélio foi bem claro em frisar que é para o homem, deixando de lado vários alienígenas e os crédulos de que as convenções caíram do céu, tal como signos e significados.
Somos construtores de uma fórmula de cálculo que até já atribuímos a autoria a aliem ou qualquer outra entidade do sobrenatural. Quando na verdade é apenas uma realização de uma mente prodigiosa. Quem o diga o senhor Spok do seriado Star Trek(para os mais jovens o andróide Data de Jornada nas estrelas a nova geração): Hoje poderíamos chamar o que conhecemos como tempo de coisa e coisa tempo.
Este tanto de sarcasmo é veraz, podendo ser confirmado em qualquer livro de história, filosofia ou reunião de aficionados em filmes de ficção cientifica e que não sabem o significado do substantivo ficção.
Independente de teorias, definições, tempo é o nosso tempo e não devemos dar.
Vida
De acordo com o Dicionário Aurélio, vida é o conjunto de propriedades e qualidades graças às quais animais e plantas, se mantém em contínua atividade.
Não se pode compreender a vida a partir de uma definição, até mesmo ensinar sobre a vida é complexo, pois a aprendizagem é recebida através de palavras, exemplos, sentimentos, convivência com seus contemporâneos, erros seus, dos outros ... Pode-se sim afirmar que vida é construção.
Tempo e Vida
Tempo é vida e vida é tempo. Mesmo no que poderíamos entender como perda de tempo, não se perde, acumula-se em outro tanto que passou.
O que passa deve ser conhecimento a mais para ser utilizado no que virá. Não se deve parar para pensar se vale ou não o tempo que será utilizado para se selecionar o que ditará o momento, pois poderemos ficar como a um cachorro a procura do rabo, olhar e nunca chegar. A vida envolve experimentos, nos tempos atuais experimentos tratados com muito cuidado e seleção.
O tempo é para se viver.
Não se deve confundir vida com viver. Vida nós recebemos ao nascer e a partir deste momento começamos a viver. A vida é um sopro que nos é dado a partir de um milagre. Viver começa com algo que estará conosco até o fim, a aprendizagem. Respirar fora do ventre, o primeiro choro, os sentidos: Visão, tato, audição... Aprendendo a cada momento de milésimos de segundo, até o momento que mais ensinamos que aprendemos. Na consciência absoluta de que resta muito a aprender.
Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 19/03/2010
Alterado em 13/08/2014