Escrever é viver duas vezes um bom Momento.
Antonio C Almeida
SOMOS TODOS POETAS
Capa Meu Diário Textos Áudios E-books Fotos Perfil Livros à Venda Prêmios Livro de Visitas Contato Links
Textos

                                                                                 
                                                                                   Morte Anunciada


          Numa tarde fria chovia. Eu caminhava de marquise a marquise tentando me proteger. No bolso um papel molhado quase se desfazia. Uma anotação, com um endereço: Rua das Miranda 417, largo da donzela.
          Chegando ao local subi correndo as escadas até chegar à frente de uma porta. Recuei e com um único chute arrombei a porta. Dentro do quarto se encontrava Marcos e Rafaela.
- Saiam daqui agora!
-O que foi Renato? – Gritava Rafaela assustada.
          Neste momento ouvi passos a minha costa. Corri e me escondi dentro do armário do lado direito do quarto. Um grupo de homens entrou atirando acertando o pescoço e a cabeça de Marcos, Rafaela pulou pela janela enquanto atiravam tentando a acertar. Devido à fuga de Rafaela, os homens rapidamente saíram do quarto para tentar pegá-la na rua logo abaixo, sem se preocuparem em revistar o quarto. Percebendo a saída dos homens, sai do quarto pulando pela janela tentando encontrar Rafaela. 
          Ela estava encolhida, escondida atrás de um galão de lixo. Cobri seu corpo com a minha capa de chuva e a arrastei pelos becos, enquanto escutava passos que nos perseguiam.
          Consegui levar Rafaela até a minha casa, lá a orientei que deveria sair da cidade. Deixei dinheiro e um plano de fuga que resolveria o seu problema. Orientei que ela não deveria ir para a casa dos pais, poderia comprometer a vida dela e de seus parentes. Mandei que ela saísse.
          Marcos e Rafaela eram meus amigos de infância, há alguns anos eu a namorava, nós tivemos um romance digno de filme. Marcos cresceu e virou um marginal do bairro.
          Corri para o ponto de reunião.
- Renato, onde você estava! – Gritava Toto (Nome de guerra).
- Fui até o ponto de faxina, mas vocês haviam passado por lá. Tudo acabado? – Falava tentando manter a aparência.
- Não, tem mais um cadáver solto, uma mulher. Manta e Dengo estão atrás dela, parece que ela teve cobertura.
          Escutei atento o relato de Toto, sabia que Rafaela naquele momento estaria longe. Quando chega Dengo.
- A mulher tá na mira, ela foi para a casa dos pais, tá escondida na garagem, Manta tá vigiando, não tem ninguém em casa.
          Assustado, avisei ao Toto que iria com Manta até onde Rafaela se encontrava escondida. Toto me avisou.
- Cadú (Nome de guerra), lembre que o Marcos era um assassino, um bandido completo, está mulher provavelmente é muito perigosa.
          Balancei a cabeça em consentimento as observações de Toto. Chegando a casa dos pais de Rafaela percebi que Manta a estava pressionando para falar o nome de quem a havia ajudado. Retirei a minha arma com a certeza de que teria que resolver aquele caso ali mesmo na garagem dos pais de Rafaela.
          Dengo estava a minha costa com sua automática, Manta estava surrando Rafaela com seu revolver enfiado no cinto pelas costa. Dei Três tiros.
 
- O que aconteceu Cadú? – Perguntava Toto. Ao seu lado de braços cruzados e com ar de reprovação estavam Manta e Dengo.
- Uma vagabunda! Toto já havia me avisado. Era Morte Anunciada.
          Fui para casa...
          Fim.


Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 21/03/2010
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
Comentários