Escrever é viver duas vezes um bom Momento.
Antonio C Almeida
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                                                                                   A Guerra De Renã

          Fim de tarde, um vento fraco traz uma chuva que bate em meu rosto, escorrega pelo pescoço onde uma veia evidencia a minha teia.  Estou em frente à casa de Sandro, em volta da casa homens armados, eu também estou preparado,  preparado para fechar o dia. Minha cova está cavada, não tenho mais nada.

Naquela manhã


          - Acorda Renã!

          Sete horas da manhã de Sábado, bate a minha porta Henrique, traficante procurado pela polícia. Conhecido de infância. Nós crescemos juntos, eu um vigilante, ele traficante.
          - Olha o futebol moleque!
          - Estou pegando a minha chuteira! Grito para não ser mais perturbado e os visinhos não verem quem vai ao meu lado.
          Entro no carro de Henrique, ele me abraça e começa a dirigir. Pára em uma esquina e pega Sandro, Matador da região. Deveria desaparecer deste grupo, mas conheço todos e moro com meus pais que nunca saíram daquela local.
          O carro chega ao campo onde jogamos. A bola começa a rolar, todos no campo eu conheço, é o preço. Ao lado um amigo me chama, também vigilante, me fala ao ouvido. – Sai agora!
          Olho para os lados espantado, o amigo que me avisara corre, desaparece. Henrique me observa e percebe. Na entrada do campo nove homens chegam atirando . Henrique logo é baleado, eu pulo o alambrado e corro para o mato desorientado, escuto os tiros sobre a minha cabeça. Consigo chegar à estrada, olho para traz, nada. Começo a caminhar bufando, apalpo o meu corpo para verificar se estava ferido, nada. Paro em frente a um bar e me acalmo com um copo d água. Olho em volta e tudo aparenta calma, até que o carro de Henrique passa à minha frente em alta velocidade. Dentro dele se encontrava Sandro, dirigindo, acompanhado de três desconhecidos. Desaparecem, entro no ônibus em direção a minha casa,sabendo que para toda a ação acarreta uma reação, na mesma direção, mas em sentido oposto.
          Chego em casa e me avisam que ela fora invadida pelos homens de Sandro. Tudo não passou de uma tomada de poder e eu como amigo de Henrique era um dos temores de Sandro.
          Sandro espantou a minha família. Populares invadiram a casa e levaram tudo que podiam. Minha família estava na rua. Corri para o interior de meu bairro. Lá encontrei alguns conhecidos que me deram uma arma. Rodei desorientado o bairro.
          Meu corpo estava cansado, minha mente perturbada. Não sabia o que estava acontecendo com a minha família. Estava no ponto mais alto do bairro. A minha frente à casa onde estava Sandro.
          Senti um cano frio na minha nuca. Uma voz em tom de imposição me falava. – Vá descendo que o Sandro está te esperando. Fui caminhando até a casa de Sandro, quando cheguei a frente da porta Sandro me recebeu. Em sua mão uma arma, ele colocou o cano da arma em meu ouvido e no outro ouvido me falou. – A sua família já foi recolocada na sua casa, os móveis foram devolvidos com mais alguma coisa, calma, Próximo sábado te pelo para o futebol.

          Sábado.

         - Acorda Renã!
          Sete horas da manhã de Sábado, bate a minha porta Sandro, traficante procurado pela polícia. Conhecido de infância. Nós crescemos juntos, eu um vigilante, ele traficante.
          - Olha o futebol moleque!
          - Estou pegando a minha chuteira! Grito para não ser mais perturbado e os visinhos não verem quem vai ao meu lado.
          Entro no carro de Sandro, ele me abraça e começa a dirigir. Pára em uma esquina e pega Huk, Matador da região. Deveria desaparecer deste grupo, mas conheço todos e moro com meus pais que nunca saíram daquela local...
 


* Texto com o conteúdo e gênero Ficção.
Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 13/04/2010
Alterado em 14/04/2010
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