Escrever é viver duas vezes um bom Momento.
Antonio C Almeida
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                                           Semente do Amor

 
            Tudo era neblina. Uma noite fria. No rádio uma canção preferida. No rosto suor dor de uma noite perdida. Olho o relógio, telefone não toca.
          Estava caminhando, nestas caminhadas matinais. Ao alcance de minha vista a minha pretendida. Passos largos que observo. Caminhava tentando chegar ao lado deste ser que tanto queria o seu querer.
         A caminhada acaba e cada um para o seu lado. Sei tudo, apartamento, carro, manias e fantasias. Só falta o momento certo. Ontem como um tolo, coloquei um bilhete por debaixo de sua porta:

                                        Alguém está a sua volta
                   Esperando o momento certo para chegar ao seu lado
                                        Chegarei para cuidar
                                             Deste seu olhar.
Assinado: Quem te Ama.

           Ignorância tanta. Coisa de criança. Que se deixa levar pelo momento. Em um impulso uma atitude sem a responsabilidade, da idade.
          No outro dia ela não caminhou, se trancou em casa, chamou um irmão. Imagino que assustada com o assédio, chamou alguém para ficar ao seu lado. Não, seu irmão lhe trouxe uma encomenda. Como a um ladrão me vejo espionando. Para tentar me aproximar. Do que falta.
          Tarde, ela chega com vários embrulhos, corro e peço para ajudar, ela aceita. Chego até a porta de sua casa a cumprimento e parto devagar sem deixar de olhar suas compras, compreender as preferências deste ser.
          Outro dia e espero um bom dia. Ela sai e começa a caminhar. Me aproximo, agora sou um conhecido, tento conversar:
         - Bom dia, posso te acompanhar?
          - Claro! Mas qual é o seu nome?
         Antes que eu lhe falasse, ela respondeu – Desculpe, eu já sei, seu nome é... Quem te Ama.
          Fiquei surpreendido, mas é claro que falei o meu verdadeiro nome.
          Quem poderia acreditar que um gesto utilizado no passado poderia alimentar, UM AMOR PRESENTE.
Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 20/04/2010
Alterado em 16/06/2010
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