Era uma vez um livro,
Em cada página, ante os brancos das folhas, borrões,
No conjunto destes uma reunião de palavras,
Com sentido completo, que perfaz o universo
De sequências de ideias, parágrafos.
Em cada página memória,
Para cada folheio devaneios.
Cheiro de folha nova, tinta fresta, gosto.
De se entregar a um enlace
Do que se lança em folha, viagem.
Na mão de uma criança,
No costume ou lume,
Vaga vaga-lume.
Acendendo e apagando,
Sonhos, desejos, enganos.
Em uma fábula, segundos em minutos de horas, fantasia.
Vai que se vai para estante,
Fim de um instante,
Que se guarda na poeira,
Sonho que se põe em mão na certeza,
De trazer e levar,
Eternamente,
Folhas borradas de tintas,
O que era uma vez,
Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 10/10/2010
Alterado em 12/05/2017