Escrever é viver duas vezes um bom Momento.
Antonio C Almeida
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 Morte acidental
 
            - Socorro! Meu deus que dor!
            Ao escutar os gritos de Rafael, seus amigos correm para ajudá-lo, quando chegam próximo percebem que o tornozelo de Rafael apresentava uma fratura exposta. Os garotos deixaram a bola, o futebol e levaram Rafael até a beira do campo à espera de algum adulto para atender aquela necessidade. No chão Rafael chorava. Passaram-se alguns minutos e o Tio de Rafael chegou, o colocou em um carro e se dirigiu para o Hospital.
 
Dois dias se passaram.
 
Rafael estava sentado em sua cadeira à frente de seu Vídeo Game, estava estreando um novo jogo, em alguns momentos parava com o jogo e olhava a sua perna. Gesso e parafusos, não tinha jeito, estava preso à uma cadeira por longos meses. Sua mãe o instalara confortavelmente em seu quarto, comprando-lhe até um frigobar, Rafael pensava o quanto ele perdera por não ter quebrado a perna antes, então sua mãe entra no quarto.
 
            - Como você está querido? Eu vou para o trabalho. Tome! Este é o controle da porta e este o aparelho para você visualizar quem estará batendo, não abra a porta para ninguém. Você sabe que seu pai está em viagem, em exercício militar. Então seja um bom Soldado e não me crie problemas!
            A Sr. Elena, pega os pratos e copos do quarto de Rafael, deixados ao lado após o jantar na noite anterior, coloca um lanche no frigobar, beija seu filho e se retira.
 
            Rafael se estica na cama, imaginando o quanto é bom estar em casa sem fazer nada. Três horas da tarde, Rafael acorda e observa o seu quarto, enfia a cabeça no travesseiro murmurando: - Que tédio! Arrasta-se até uma cadeira em frente a uma janela e começa a ver a vida passar, coloca a mão no queixo e acaba pegando no sono. Seis horas da tarde, a mãe de Rafael chega do trabalho, vai até o quarto de Rafael, acorda Rafael, o beija e deixa o seu jantar, Rafael a agradece e começa a se comunicar com alguns amigos via internet. O tempo passa e Rafael fica entediado e volta a observar através da janela o movimento da rua, que naquele horário se encontrava vazia, mas algo o chama a atenção, alguma coisa acontecia na casa de seu vizinho à frente.
            Abraços e beijos, um casal namorava e se tocavam. Rafael ficou excitado, até o momento em que o homem começou a agredir a mulher, tampou-lhe a boca e a jogou contra a parede. Rafael não sabia o que faria. Gritou para chamar a atenção de sua mãe. Quando a mãe de Rafael entra no quarto, assustada, procura escutar o que Rafael lhe relatava. Dado a ênfase de Rafael aos procedimentos de um vizinho, ela olha pela janela e vê o seu vizinho debruçado no parapeito da janela de sua casa, frente à sua janela, olhando para a noite. Percebendo a mãe de Rafael na janela, acenou. A mãe de Rafael entrou em casa, trancando a janela. Brigou por um longo tempo com Rafael, mandou que ele dormisse e parasse de perturbar a vizinhança. Rafael deitou ainda muito assustado e pegou no sono.
          Amanhece e Rafael levanta para mais um dia, que antes era diversão, agora é puro tédio. As horas passam e Rafael volta a observar o movimento da Rua a partir de sua janela. Do outro lado ele pode observar o seu vizinho namorando outra mulher. A mulher encontrava-se vestida de uma minúscula mine-saia e seus seios estavam descobertos. Rafael voltou toda a sua atenção para as cenas, aguardando algo mais interessante, quando o homem começou a agredir a moça. Rafael caiu sobre a cadeira.
 
           Na casa ao lado Marcos olhava Rebeca e lhe falava.
            - Beca desta forma não vai ficar legal no teatro.
            - Eu sei marcos, mas eu não quero que o seu tapa pegue em minha cara.
            - Então volte amanhã com uma performance melhor, se não você vai sair da peça.
 
          Batem à porta, Marcos olha para rebeca e reclama do horário, passava-se das 24 horas. Marcos, precavido, pega uma arma e abre a porta com cautela. Em poucos segundos, Marcos, sente o sangue descer pela sua cabeça, fica zonzo e cai.
          Rebeca observa um garoto entrar pela casa a dentro, vestido de camuflado militar, luvas. De pé engessado, carregando um porrete coberto de sangue, adentrando à casa.
 
            - Que loucura é está moleque! Gritava Rebeca aparentemente apavorada.
            - A senhora está bem moça?
            - Claro moleque!
            - Mas este homem não estava batendo na senhora?
            - Não moleque, idiota. Este mundo está cheio de retardados! - Enquanto gritava Rebeca retirava a peruca, mostrando assim que na verdade era a mesma mulher da noite anterior.
            Rafael olha para Marcos caído no chão, observa Rebeca. Desnorteado Rafael pega a arma de Marcos e aponta para Rebeca.
            - Que isso moleque! Vira isto para lá.
            Rafael dispara um tiro certeiro em Rebeca que cai desfalecida. Rafael fecha a porta da casa, arrasta Marcos e o coloca sentado no sofá. Pega novamente a arma, a coloca na mão de Marcos e dispara mais uma vez atingindo o teto da casa, pega o porrete que carregava e o coloca nas mãos de Rebeca. Fora da casa podia-se ouvir sirenes de polícia ao longe. Rafael volta para casa.
            Oito horas da manhã, a polícia bate insistentemente na porta da casa de Rafael. A mãe de Rafael atende a porta e escuta o relato do policial sobre o assassinato da noite passada, após alguns minutos o policial sai e a mãe de Rafael corre para o quarto de seu filho.
            - Rafael! Acorda.
            - Que foi mãe.
            A mãe de Rafael corre em sua direção, segura o seu braço, o abraça e fala.
            - Era a polícia meu filho, o vizinho matou uma mulher ontem, ninguém sabe ainda o que realmente aconteceu. Eu contei para o policial o que você me falou sobre os vizinhos. Me desculpe por não ter acreditado em você. Fala meu filho, como posso me desculpar com você. - Falava a mãe de Rafael enquanto chorava.
            - Eu te amo mãe, não precisa de nada, mas se você me der um binóculo eu acharia muito bom. - A mãe de Rafael abre um longo sorriso e o informa que iria providenciar.
            Rafael levanta, senta na cadeira em frente a janela, observa o movimento da Rua enquanto fala, para si mesmo:
 
- Como é bom quebrar a perna.
 
Fim...
 
 
 
 
Conto inspirado no filme de Alfred Hitchock: Janela Indiscreta.
 
 
 
Filme Inspirado em Janela Indiscreta.
Dublê de Corpo
 
 
Vários filmes produzidos por
Alfred Hitchcock foram adaptados em outras produções, este grande talento do Suspense deixa saudades e um belo trabalho que até hoje se pode ver referenciado. Ao mestre e Rei não vale a frase “Rei morto, longa vida ao Rei”, pois para este não existe substituto.


     Recomendações Para leitura:  
                               

                                              

 Cuidado, você poderá ser o Próximo                   A Vida pode ser um Lixo
             
O Abduzido                                                     Tapa Na Cara
  
                                
   Quem Compreende as mazelas do destino?
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Contos: 

                                               
Amo Seu Amor  Vingança Sangrenta O Amor Resolve Tudo Uma Lição de Amor
 

Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 15/11/2010
Alterado em 17/04/2011
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