Escrever é viver duas vezes um bom Momento.
Antonio C Almeida
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Textos
         Raquel estava exuberante. Em um belo vestido de noiva. Ela desfilava pelo corredor central, sendo levada pelo seu pai para o matrimônio. Em sua cabeça se fixava a história de sua vida, a espera de um amor tão aguardado e a maldição que ele carregava. – Raquel era uma menina de 13 anos. Morava em uma casa modesta em um bairro de classe média. Á frente de sua casa se encontrava a casa de Rogério. Um garoto belo de seus 1.90 que aos 21 anos terminara o curso de Direito e estava empregado, de casamento marcado com uma colega de trabalho. Raquel se dava satisfeita de saber que Rogério seria feliz e bem sucedido. Mas após a lua de mel Rogério se separou. Ele seguiu vários casamentos sempre com a mesma maldição, separar-se após alguns dias da lua de mel. Uma lua de mel dos sonhos em que Rogério tratava de dar todos os prazeres para a sua esposa.

          Raquel caminhava para o casamento. Com o homem de seus sonhos e a maldição que ele trazia. Os convidados olhavam desconfiados da união.
          Tudo correu bem e Raquel foi levada por Rogério para uma ilha paradisíca. Se hospedaram em um belo hotel e aproveitaram todas as facilidades do local. A noite Rogério a levou a sua suíte matrimonial. Um apartamento de um mundo de sonhos. Rogério se preparou e foi para a cama. Raquel foi para o banheiro e se preparou, mas de sua mente não saía o seu destino.
          Raquel entrou no quarto. Sentou ao lado da cama e olhou Rogério a observando com um brilho nos olhos. Raquel começou a chorar:
          - O que foi Raquel? – Falava Rogério angustiado. Raquel não respondia até que esclareceu o seu pranto.
          - Rogério é que sempre que deito em minha cama meu pai costumava contar uma história, neste momento me veio uma das histórias e não pude deixar de me emocionar.
 

          Rogério em sua vontade de dar uma lua de mel dos sonhos sugeriu a Raquel que contasse a história. Então Raquel começou:
 
" Márcia vivia em uma casa de campo com sua mãe. Lá ela tinha tudo que sonhava menos a presença de seu pai. Passaram-se alguns meses e sua mãe arranjou um namorado. Não demorou muito e este estava em sua casa. Mas não foi bom para Márcia que percebia o olhar de seu padrasto. Márcia não queria que sua mãe perdesse o namorado que a tanto completava, mas deveria mostrar a verdade. Então ela tramou um plano.
  Márcia andava pela casa enquanto sua mãe falava com seu namorado. Como se tratava de uma segunda-feira a mãe de Márcia saiu para fazer compras. Márcia foi para o seu quarto, sabendo que seu padrasto logo inventaria um motivo para dar uma olhadinha em seu ambiente e foi o que aconteceu.
   Márcia se insinuou para o padrasto. Consegui amarrá-lo na cama e deixá-lo nu. Ao terminar de amarrá-lo correu para a sala. O seu padrasto gritava para ser solto e não conseguia.
   O tempo passou e chegou em casa a sua mãe. Márcia fez questão de mostrar o padrasto amarrado. A mãe de Márcia não acreditou nela e a expulsou de casa.
   Após alguns meses o namorado de sua mãe fora embora e ficou então claro que o padrasto estava na casa não pela sua mãe, mas pela presença da filha.
   Envergonhadas filha e mãe ficaram sem falar por longos meses. Numa tarde, em um dia belo de sol Márcia chegou na casa de sua mãe e encontrou uma mulher ferida. Sentaram-se na varanda e choraram compulsivamente.
  A mãe de Márcia conseguiu se recuperar e arrumar outro namorado. Mas sempre observando e resguardando a opinião de sua filha, pois não é por um pequeno relacionamento que deveria se quebrar um eterno Amor"
.


          Rogério escutou atento a história e quando ela terminou seu animo para uma relação sexual se esvaziara. Raquel, atenciosa falou a Rogério que poderiam realizar o ato em outro dia. Raquel deitou, se virou e pegou no sono sabendo que haveriam muitos outros dias para muitas outras histórias.
 
 

    
Conto Inspirado:

          As Mil e Uma Noites (em árabe: كتاب ألف ليلة وليلة, Kitāb 'alf layla wa-layla, "O Livro das Mil e Uma Noites"; em persa: هزار و یک شب, transl. Hezār-o yek šab) é uma coleção de histórias e contos populares originárias doMédio Oriente e do Sul da Ásia e compiladas em linguagem árabe a partir do século IX. No mundo ocidental, a obra passou a ser amplamente conhecida a partir de uma tradução ao francês realizada em 1704, transformando-se num clássico da literatura mundial.
          As histórias que compõe as Mil e uma noites tem várias origens, incluindo o folclore indiano, persa e árabe. Não existe uma versão definida da obra, uma vez que os antigos manuscritos árabes diferem no número e no conjunto de contos. O que é invariável nas distintas versões é que os contos estão organizados como uma série de histórias em cadeia narrados por Xerazade, esposa do rei Xariar. Este rei, louco por haver sido traído por sua primeira esposa, desposa uma noiva diferente todas as noites, mandando-as matar na manhã seguinte. Xerazade consegue escapar a esse destino contando histórias maravilhosas sobre diversos temas que captam a curiosidade do rei. Ao amanhecer, Xerazade interrompe cada conto para continuá-lo na noite seguinte, o que a mantém viva ao longo de várias noites - as mil e uma do título - ao fim das quais o rei já se arrependeu de seu comportamento e desistiu de executá-la.

 
Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 28/06/2012
Alterado em 29/12/2014
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