VISÕES DA CEGUEIRA
Na cegueira da visão
Na fogueira da ambição
No fundo da caverna
Num mito que invade eras,
Somos apenas o conteúdo de uma caixa,
Onde se encaixa o louco que existe em nós,
Ou nós na loucura da caixa que nos importa.
Se é para sempre,
Ignorar e esnobar outras tribos,
Que sejamos sim o perigo,
Dentro de nossas visões de desigualdade,
Em todas as idades,
Olhando para o próprio umbigo.
E no louco que saiu da caverna e voltou,
Para morrer aos poucos na mão de sua própria loucura,
Paira a moral de Sócrates ,
Que vê na fresta de uma parede da caverna,
A loucura que reina em outra,
De quem nasceu e viveu dentro de um mesmo copo,
Sem saber que copos de cristais empilham-se aos montes,
E se quebram no vazio de suas individualidades.