DA VERDADE MAIS SECA
Decerto brotamos deserto em conhecimento,
Levados por uma mão a um colo deleito.
Miramos mundo nuvem de conceitos,
Desejosos em chegar logo a um leito.
Fato, que é fato, pende maternidade,
Dócil ou difícil avançar nas idades.
Deserto que nos habita ardente,
Perpetua em nos lançar incontinente.
Buscando a duna mais alta,
Avistando o mundo a nossa volta.
Repleto de tantas lutas por uma fonte,
Elucidativa aos confusos da fronte.
Olhares estéreis sucessivamente,
Cerne flamejante ardentemente.
Quem chegara a deleitar um colo aquecido,
Imaginar-se-ia num deserto perdido.
Ao longe cantos, encantos,
Sorte dos tantos sem prantos,
Pousam no limite ao acaso,
De um fim que é apenas o início de um caso.
Antônio C Almeida
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