SOMBRAS NA MADRUGADA
Noite em névoa,
Brisa vaza janela
Levando cortinas aos mandos
Do vento que varre prantos.
Na esquina, no fundo da névoa Jazia
Traços de uma menina
Que desaba suas mágoas
Oceano sem águas, lágrimas secas ao dia.
Frente ao poste de tantas sortes
Que domina e humilha
Pedras que cabeças na noite dormia
Lacônicos numa noite fria.
Cobertos pelo véu da noite
Repletos de véus de noivas
Que ficam na estrada colhidas
Pela madrugada de tantas feridas.
Antonio C Almeida
21/10/2015