QUE SE PODE AMAR
Quem me dera eu o amante,
De olhos cintilantes cheios,
Da boca pedinte recheio,
Podendo abastecê-los.
Quem me dera não ser sonho distante,
Do querer ser querido
De uma almejada arfante
Dos toques que se tocam em toques galantes.
No cálice do vinho que chega
Arde-me furtar a beleza
Que no semblante em olhos luz,
Cega-me no que reluz.
Quem me dera eu o amante,
Quem me dera não ser sonho distante,
Do cálice do vinho que chega
Fartar-me desta beleza.
Antonio C Almeida
18/11/2015