Marginal aos 10 anos...
O fim de uma Sociedade que nem começou
A maioria dos milionários conseguiu o seu patrimônio em uma época em que a Corte Portuguesa presenteava os seus afilhados com vastos territórios e os permitiam funcionários sem salários e tratados como animais.
Outros conquistaram com apadrinhamento de políticos ou trouxeram a sua riqueza de fora e a aumentaram aqui no Brasil com o auxilio do dinheiro da sociedade Brasileira.
Quem é funcionário público, grande funcionário de empresas privadas, não é milionário e muito menos Rico, é trabalhador e deste que vive em uma classe privilegiada para classes sociais menores, menos abastadas, vivem na convivência da violência da sociedade, prisioneiros de seus lares, reféns da brutalidade.
O garoto que foi morto aos 10 anos, sabia que não tinha chance perante a sociedade. Pois sua condição de vida o proporcionava conhecimento fácil e de qualidade na arte do roubo, armamento, guerrilha e sua instrução, aliciação, foi realizada pelos melhores professores na área e confirmada por pessoas da maior confiança que ele poderia encontrar – pai e mãe. Ele aprendeu, o que nos leva a acreditar que sua possibilidade de assimilação de cultura estava além de muitos outros garotos de sua idade.
Decretamos assim o caminho para o fim da sociedade e o provável início de um conflito armado sem precedentes, com seu início com data certa e seu fim totalmente incerto – Se já não estamos nela, guerra civil.
O garoto estava perdido aos 10 anos de idade, não existia, ou existem, mecanismos nesta sociedade para acertá-lo e o recolocar no caminho de uma vida equilibrada, não se pode questionar a polícia.
Quem ignora tudo isto não conhece os compromissos assumidos por todos em sociedade e que nos permite viver em equilíbrio. E nestas responsabilidades se encontra gerar mecanismos que equilibrem as condições de ascensão social para todos.
Todos os poderosos no Brasil se preocupam em acumular riquezas, mesmo os que têm como responsabilidade gerar condições adequadas de vida para o todo social. É a esbornia ensinada, refletida no exemplo de quem deveria dar bons exemplos, pois se encontra em evidência com toda a obrigação da função.
Gostaria de terminar este texto com respostas, mas o que temos são apenas perguntas. A certeza de que nossos gerentes vão mal e não se importam em melhorar. Provavelmente não existimos em seu contexto e o próximo garoto perdido chegará com seus cinco anos.
Por: Antonio C Almeida