Numa gota
Um oceano
Lágrima de sal
Salina na boca
Que perfaz está voz rouca
Água da chuva
Luzes da lua
Calor do sol
Contemplam o que se vai só.
No tempo onde o vento
Transforma a carne rugas
Dentro desta mistura
De tudo que chega sem a cura
Pintadas nas quatro paredes
Do quarto fechado
No sorriso guardado
Deixado de lado
Na aflição.
Sombras
Que chegam em tormento
Pela solidão que dói dentro
Ao olhar a sua volta
Perceber a falta
Dum olhar que se gosta.
Na fuga da culpa
Nesta busca injusta
De alguém que se ajusta
Condenar no mal que assusta
Perpetuar no resto da estrada.
Somos trigo e o pão
Amor e aflição
Artistas do sim ou não
Caminhando então na ilusão
De que não é solidão
Esta ocasião que damos a mão.
Escravos de um pesadelo
Acordados em um olhar no espelho
Nas noites em devaneios.
Luar ao sol em medo.
Antônio C Almeida
Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 23/01/2018