Aos poucos a luz chega na varanda Como todos os dias, mas talvez, não desta vez. O simples não será deixado de lado Pois o complexo nos deixa incomodado. Então o pássaro voa Ruídos diminutos ecoam O que nasce no asfalto é sobressalto, beleza é fato Na fuga de um vazio Inerte reflete adormecido. Catando pedras Percebendo nelas Pegadas belas, Enigmas que não se cansam Gerar nosso descanso. Tal como abro fecho Janela que me rega vida Para procurar no fundo do poço Algo que cause tanto gosto Do olhar além do olhar Viciado em não enxergar O que se manifesta num simples navegar No simples belo.