Escrever é viver duas vezes um bom Momento.
Antonio C Almeida
SOMOS TODOS POETAS
Capa Meu Diário Textos Áudios E-books Fotos Perfil Livros à Venda Prêmios Livro de Visitas Contato Links
Textos
    
     Morte Por Amor
 
 
     Marcelo chegou em casa após o trabalho. Caminhou até o banheiro. Tomou um banho e vestiu um roupão. Andou até o seu quintal. Próximo a sua piscina ele viu uma bela mulher.  Ela vestia um pequeno biquine. Caminhou sinuosa em direção a Marcelo. Marcelo a observava visivelmente enfeitiçado pela sua presença. Marcelo se aproximou e ela pediu para que ele a servisse um drinque. Marcelo seguiu para a sala, enquanto ela o seguia. Marcelo pegou dois copos e começou a servir a bebida...
     A faca era estocada. O sangue jorrava no momento em que a faca era retirada do corpo que sucumbia à agressão inesperada.
     Marcelo abre os olhos assustado. A mulher da piscina estava debruçada sobre ele desferindo facadas precisas em seu peito. A dor a muito partira e apenas uma sensação de vazio e frio tomava-lhe o corpo. Marcelo falava entre as estocadas:

          - O que eu fiz?
      - Amou a pessoa errada!
     O biquine da agressora fora tomado pelo vermelho do sangue de Marcelo. Uma estocada funda expôs as vísceras de Marcelo. A agressora se levantou assustada. Ela percebeu que estava esfaqueando um morto.
     Ela foi até o banheiro. Observou com cuidado procurando se acostumar com o lugar. Estava na casa de Marcelo, conhecia bem o lugar, mas tinha que tomar cuidado com as evidências que deixaria. Observou o seu corpo banhado em sangue. Retirou a roupa e entrou embaixo do chuveiro. Deixou que a água tomasse o seu corpo nu. Enquanto esfregava suas linhas bem traçadas, resultado de sua juventude e do cuidado que despejava em seu corpo.
     Ela saiu do banheiro, observou Marcelo caído no chão da sala. Caminhou até o quarto de Marcelo. Abriu o armário e pegou uma roupa masculina e as colocou em um saco de lixo. Vasculhou algumas gavetas até achar vinte mil reais jogados entre as camisas de Marcelo. Colocou tudo no mesmo saco que se encontrava as roupas que usara para matar Marcelo. Vestiu as roupas que trouxera, desarrumou toda a sala como a revistá-la. Sentou no sofá à espera da madrugada chegar.
     O telefone celular de Marcelo não parava de tocar. Ela olhava para o telefone que chamava, com o cuidado de segurar com as luvas que ainda vestia. No telefone podia-se identificar o nome de Raquel no display do celular.
     A madrugada chegou e a agressora caminhou até o quintal. Pulou a cerca e se esgueirou até chegar próxima a seu carro. Ligou o carro e seguiu para a sua casa. Chegando em casa ela pegou a sacola de lixo e a colocou dentro da máquina de lavar.
     Raquel não parava de ligar para Marcelo. Ela estava na casa de sua mãe tratando dos detalhes de seu casamento com Marcelo. Preocupada ela ligou para uma amiga de trabalho de Marcelo. A amiga de Marcelo sugeriu que ambas se encontrassem em frente à casa de Marcelo. Chegando em frente a casa, seguiram até a porta. Bateram insistentemente na porta, até que caminharam em volta da casa e pela janela viram o que parecia um corpo. Ligaram para a polícia.
     A polícia chegou, arrombaram a porta. Dentro da casa o corpo de Marcelo se estendia na sala. Raquel se desespera e corre em encontro ao corpo. No meio do caminho ela foi segura pelo policial.
     Raquel chorava sentada no sofá da sala da casa de Marcelo. Vários peritos andavam pela casa procurando vestígios. Na casa encontraram o banheiro desordenado, a sala remexida, o quarto da vítima bagunçado e dois copos servidos, um com vodca e o outro com Licor de Menta. Pediram para Raquel olhar pela casa procurando ver se algo faltava na casa. Ela informou que faltava um terno.
     Raquel foi levada para casa por Elena, amiga de trabalho de Marcelo. Elena foi para a sua casa.
     No outro dia, no trabalho, o comentário sobre a morte de Marcelo tomava a repartição. A polícia passara e foi constatado que Marcelo levara vinte mil reais da firma para realizar um pagamento no outro dia. Todas as evidências levavam a um assalto em que o assaltante fora surpreendido por Marcelo. O assaltante pegara a roupa de Marcelo para poder sair sem causar suspeitas. Entretanto existiam detalhes que não se encaixavam. Marcelo havia deixado uma apólice de seguro em nome de Raquel no valor de quinhentos mil reais. Raquel era a única com benefícios pela morte de Marcelo, a quantidade de facadas caracterizava como um crime passional e aparentemente Marcelo conhecia seu agressor, pois houve não arrombamento.
     Raquel foi chamada a delegacia. Seu álibi batia. Ela estava na casa de sua mãe cuidando de assuntos relativos ao seu noivado.
     Raquel saiu da delegacia desorientada. Entrou no carro e procurou ir até a casa de Elena. Elena recebeu Raquel. Elena a acalmou e lhe serviu um copo de suco enquanto preparava uma bebida para ela. Nervosa Raquel deixou o suco cair em sua roupa. Elena deu uma camisa para Raquel que foi ao banheiro se trocar. Após se trocar ela levou a sua camisa suja para a área de serviços de Elena e ao abrir a máquina de lavar pode ver uma sacola de lixo e em seu conteúdo roupas manchadas de sangue e uma faca.
     Elena estava na sala esperando Raquel. Na mesa de centro se encontrava um copo com a sua bebida preferida, licor de menta. Raquel caminhou até a sala com a faca que encontrara escondida em suas costas. Elena ao ver Raquel a perguntou o que ela levava escondido por traz de seu corpo. Raquel se aproximou rapidamente e ao chegar-se em Elena colocou a faca à sua frente indagando:
     - Alguém cometeu um crime aqui!
     - Não que eu me lembre. – Respondeu Elena.
     Raquel se aproximou de Elena e com uma mão contornou seu pescoço. Puxou seu rosto e lhe desferiu repentinamente um beijo em seus lábios. Pegou a faca e deixou cair no chão:
     - Meu amor, você quer ser pega? – Raquel beijou calorosamente Elena até quase a sufocar em ternos carinhos. Ela se separou de Elena e caminhou até a cozinha.
     Elena sentou no sofá e começou a falar sobre o plano bem encenado. Raquel ria e falava sobre a vida de belos momentos que viveriam.
     Raquel voltou para a sala. Pegou a faca que trouxera e advertiu a Elena de que deveriam se livrar dela. Raquel se virou para levar a faca e repentinamente deu uma volta de cento e oitenta graus e em um só movimento estocou a faca no peito de Elena, que caiu com seu semblante aparentando apavorada em cima do sofá. Raquel se debruçou sobre ela e lhe falou ao ouvido:
     - Meu amor eu nunca deixarei de te amar. – Elena antes de morrer respondeu: - Eu imaginava que sim.
     A polícia cercara a casa de Elena. Raquel ligara para a polícia e sentada no chão chorava compulsivamente. O Detetive, encarregado do caso, a consolava enquanto seus auxiliares pegavam as evidencias no saco de lixo que fora deixado por Elena em sua casa. Um dos homens tocou nas costas do detetive e lhe entregou uma evidencia. O detetive mandou que Raquel se levantasse, pois deveria ir até a delegacia. Quando Raquel se levantou o Detetive a algemou:
     - A senhora está presa senhora Raquel!
     - Mas como? Elena é a culpada! – O Detetive informou a Raquel que no bolso do terno fora encontrado um bilhete e sobre a estante uma filmadora ligada.
     O Detetive mostrou o bilhete a Raquel: “Meu amor se tudo que me falou for verdade este bilhete será queimado junto com o restante, mas se seu amor não for por mim, mas sim pelo dinheiro, ficarei triste de dizer que te amo e somos cúmplices”.
     Fim...


                                                                                                  Condenado à Morte                                   Vozes do Além



Loucura assassina
 
 
Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 27/07/2012
Alterado em 27/07/2012
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
Comentários