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Antonio C Almeida
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       No  Caminho do ASSASSINO



     "A terra estremecia. Um som contínuo e forte tomava à tarde. Passadas ritmadas avançavam em direção à casa de Rogério. Rogério se levantou da cama assustado. Caminhou para a janela de seu quarto e ao longe ele pôde ver uma figura que crescia na proporção em que se aproximava. De onde observava Rogério podia perceber uma criatura de seus cinco metros de altura, que fazia estremecer a terra e marcava o chão com a sua pegada. Com pelos de cor cinza espalhados pelo corpo e com peso estimado de várias toneladas. Em sua face não se percebia nenhum orifício que insinuasse olhos ou boca. Sua mão estava estendida e em sua palma encontrava-se um relógio. Logo abaixo do relógio percebia-se uma imagem que lembrava um olho.
  Rogério não conseguia se mexer enquanto a figura se aproximava. Seus olhos arregalados se fixavam na estranha imagem que chegava. Ele se viu à frente da mão da criatura. O relógio que a criatura carregava não fazia o barulho comum de um relógio. A cada segundo o relógio batia como a um coração palpitante. A criatura estendeu a outra mão. E do alto de seus cinco metros falou uma única frase: - Já vai acabar.
"

 
    Rogério levantou assustado de sua cama. Seu coração batia forte. Rogério olhou para o lado à procura de sua cabeceira. Sobre ela ele encontrou os seus comprimidos. Caminhou até a cozinha, se escorando nas paredes e móveis. Pegou um copo o encheu de água. Tomou o seu comprimido. Se sentou no sofá de sua sala na intenção de esperar que o comprimido fizesse efeito.
     O coração de Rogério pulsava como a querer estourar o seu peito e sair. Passado alguns minutos Rogério percebeu que tudo voltava ao seu normal. Ele tomou um banho e vestiu sua roupa de trabalho. Saiu de sua casa e entrou em seu táxi. Começou a sua jornada diária passando nas ruas e pegando passageiros. O tempo passava rápido enquanto seguia para ruas conhecidas e movimentadas, entre outras desertas. Ao passar próximo ao hospital em que se internara rezava baixo.
    Um ano se passara quando Rogério fora atingido por dois tiros. Um em sua cabeça e outro em seu coração. O tiro na cabeça lhe rendeu uma placa de aço que protegia seu cérebro e o tiro no coração lhe obrigou a tomar comprimidos para diminuir a circulação sanguínea e em seu peito fora instalada uma bomba para auxílio no bombeamento do sangue. Na ocasião de seu incidente Rogério passou alguns minutos desacordado e considerado como morto. Ao acordar ele trouxe de sua viagem para a morte uma imagem que não conseguia esquecer, a de corpos empilhados em uma vala rasa e um homem com uma arma que rugia sobre o amontoado de cadáveres.
     Em uma tarde comum como a qualquer outra, Rogério dirigia calmamente quando uma mulher partiu em sua direção e lhe desferiu dois tiros enquanto gritava: - Salve a minha irmã. Depois do incidente Rogério soube que Ângela, a mulher que lhe tinha atingido, fora detida por ter fugido de um manicômio. O policial que a detinha acabou tendo sua arma retirada por Ângela e esta fora a que o alvejara. No incidente Ângela foi baleada, vindo a falecer.
   
A noite chegou e Rogério seguiu para a sua casa. No caminho um homem sinalizou e Rogério parou seu veiculo. O percurso pedido pelo passageiro correspondia ao caminho para a sua casa. O passageiro entrou, sentou no banco de traz, falou para Rogério o local aonde deveria deixá-lo. O passageiro adormeceu.
 
  Rogério seguiu para o destino solicitado. Colocou uma música suave a fim de acalmá-lo. Rogério andava assustado com o desaparecimento de vários colegas de trabalho. Ele colocou um comprimido em sua boca e o engoliu. Uma mão partiu para a face de Rogério, tampou sua narina com um lenço emergido em clorofórmio, Rogério desmaiou.

 "Rogério não conseguia se mexer enquanto a mulher se aproximava. Seus olhos arregalados se fixavam na bela imagem que chegava. Ele se viu à frente da mão da figura. O relógio que a mulher  carregava não fazia o barulho comum de um relógio. A cada segundo o relógio batia como a um coração palpitante. A mulher estendeu a outra mão. E em seus um metro e sessenta centímetros falou: - Ao seu lado tem um porrete. Quando a porta se abrir bata no joelho."

     Portas ensanguentadas. Paredes cobertas repletas de estantes e sobre elas ossos humanos. Rogério se viu amarrado sobre uma mesa. Olhou para o lado e um homem se encontrava limpando uma arma, Rogério gritou:
          - O que faço aqui?
     - As meninas necessitam se alimentar! – Falava o Homem enquanto sorria sarcasticamente.
     Repentinamente o homem atirou na cabeça de Rogério e em seu peito. Rogério teve a sua cabeça tombada para o lado enquanto se iniciava um sangramento. O homem saiu sorridente da sala onde se encontrava.
       Rogério abriu os olhos. Escutou passos que vinham do lado de fora da sala. Olhou para o lado e viu um porrete. O segurou e caminhou para frente da porta. A porta se abriu e Rogério deu uma única e forte pancada no joelho do homem que entrava. Ele caiu para a esquerda e bateu a cabeça na quina da estante.
     De onde se encontrava Rogério pode ver que o ferimento da pessoa que atingira era grave. O sangue jorrava em grande quantidade e a ferida deixava transparecer pedaços de massa cefálica. Rogério saiu pela porta. Ele se viu em um corredor. Rogério caminhou até o final e encontrou uma escada. Ele subiu a escada e no seu final abriu um alçapão que dava para um quarto de uma casa. Rogério caminhou pela casa e ao encontrar um telefone Rogério ligou para a polícia. Rogério olhou em sua volta, sua cabeça parecia rodar. Rogério desmaiou.
 
    Uma sensação confortável. Fruto da morfina que lhe fora administrado. Rogério abriu os olhos e viu uma enfermeira. Ela lhe falava de forma mansa: - Ainda bem que você acordou.
     - Onde estou. – Falava Rogério ainda atordoado.
    - Você esta em um hospital. Quase te perdemos. O tiro que fora desferido em sua cabeça foi desviado pela placa que você tinha e o equipamento que auxilia no bombeamento sanguíneo em seu coração desviou a outra bala. Foi um milagre! – Rogério olhava assustado para a enfermeira enquanto escutava o relato.
     - Você salvou três mulheres que estavam naquela casa e ajudou na captura do assassino de taxistas. Ele sequestrava e picava os taxistas para alimentar as mulheres de seu arem, você é um herói.     
– Rogério desmaiou.
         Passavam-se cinco dias do acontecido. Rogério se levantara para iniciar o seu trabalho. Ele foi para a Rua. Entrou em seu táxi e iniciou o seu trabalho. Uma bela mulher acenou para ele e ele parou o seu táxi. Após ser informado sobre o local onde deveria ir seguiu o seu caminho. Ao chegar no local desejado por sua tripulante ela lhe falou:
     - Você deve ir comigo. – Rogério olhou assustado para a mulher.
     - Mas como?
     - É que ela não para de falar em você.
     Rogério relutante seguiu Raquel. Ambos entraram em um manicômio. Após alguns minutos na recepção seguiram até um quarto:
     - Esta é minha irmã. – Rogério olhou assustado para uma mulher que se encontrava avivelada na cama.
     - Você a conhece, estou curiosa?
     - Sim eu a conheço é a Ângela.
   Rogério se virou para sair rapidamente daquele quarto. Enquanto ele saia podia escutar Ângela gritando: - Quem verdadeiramente são os loucos?
     Rogério chegou em casa. Tomou um banho e foi para a sua cama, fechou os olhos e adormeceu.

    "A terra estremecia. Um som contínuo e forte tomava à tarde. Passadas ritmadas avançavam em direção à casa de Rogério. Rogério se levantou da cama assustado. Caminhou para a janela de seu quarto e ao longe ele pôde ver a figura de uma mulher que crescia na proporção em que se aproximava.
 Rogério não conseguia se mexer enquanto a mulher se aproximava. Seus olhos arregalados se fixavam na bela mulher. Ele se viu à sua frente. Em sua mão estava um relógio. Perto da mulher ele percebeu que aquela bela figura lembrava Ângela, irmã de Raquel. Ângela pegou o relógio, mostrou para Rogério, apertou um botão o parando  e falou: - Acabou."


     Rogério levantou da cama assustado.



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Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 15/08/2012
Alterado em 16/08/2012
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