Madrugada. Raquel corria cidade adentro. A chuva molhava o seu corpo. Os sons das gotas tocando o chão deixavam-na atenta. Seus instintos eram aguçados mais ainda com o som da forte trovoada.
Raquel olhava para traz. Seu perseguidor parecia se aproximar. Raquel virou em uma esquina e encostou-se à parede na esperança de não ser notada e poder fugir de seu perseguidor. Seu corpo trêmulo se exprimia de encontro à parede enquanto seus dentes se chocavam parecendo-lhe que o som poderia revelar a sua posição na calçada.
Naquela tarde
Raquel caminhava pela cidade. Chegou até o local onde costumava almoçar. Acomodada em uma cadeira foi servida com seu prato favorito. Um belo sorriso do garçom deixou-lhe mais acomodada. O local era de seu gosto. Costumava realizar suas refeições por ali e sempre se preocupava em gerar amizade com os funcionários. Sua alegria contaminante se tornara numa necessidade para os funcionários.
Raquel comeu a sua refeição. Terminado viu um homem passar próximo a sua mesa. Calmamente Raquel foi até o banheiro realizar a sua higiene. Ao chegar ao banheiro Raquel encontrou o faxineiro. Mandou que ele se retirasse e realizou a sua higiene. Retornando do banheiro se acomodou e esperou a sobremesa. Antes que a sobremesa chegasse um grito tomou o restaurante. O faxineiro do restaurante correu entre as mesas aparentemente assustado. Um homem chegou até o gerente e anunciando que no banheiro se encontrava um homem morto. O gerente tratou de ligar para a polícia. Raquel se levantou assustada e saiu do restaurante e retornar ao seu trabalho.
Naquela noite Raquel foi a uma boate com uma amiga. No final da balada a amiga de Raquel deixou-lhe próxima a sua casa. Ao caminhar para sua casa ela percebeu o faxineiro do restaurante a lhe seguir. Para não mostrar o caminho de sua casa resolveu dar a volta no quarteirão, mas ela continuou a ser seguida.
Raquel olhava para traz. Seu perseguidor parecia se aproximar. Raquel virou em uma esquina e encostou-se à parede na esperança de não ser notada e poder fugir de seu perseguidor. Seu corpo trêmulo se exprimia de encontro à parede enquanto seus dentes se chocavam parecendo-lhe que o som poderia revelar a sua posição na calçada.
Seu perseguido, o faxineiro, se aproximou do beco onde se encontrava Raquel. Ele conseguiu perceber o vulto de Raquel e entrou no beco. Raquel ao vê-lo se assustou. Ele se aproximou lentamente e a cada passo falava em sussurro: - Você estava lá na hora do assassinato. Agora estão me perseguindo. Você não vai escapar.
Raquel sentiu a aproximação do faxineiro, Rogério. Um choque fulminante tomou o corpo. Uma faca foi retirada de uma bolsa e entrou rapidamente rasgando tecidos, órgãos chegando até a costela. Raquel se afastou e a faca entrou novamente agora em vertical. Destroçando tecidos, artérias e estraçalhando o coração. Sem ruído o corpo foi lançado ao chão. O sangue se espalhava enquanto o corpo tremia em um último momento de vida.
Dois anos antes.
Raquel estava em férias no nordeste. Junto com suas amigas resolveu arriscar amores de férias. Após uma balada conseguiu ficar com um estranho. As amigas resolveram sair com os rapazes e no final da noite resolveram ir a motéis diferentes. Pela manhã se reuniram no hotel ao qual se instalaram menos Raquel que após algumas horas as amigas a encontraram em um hospital, ela fora violentada.
Momento atual
Rogério observava Raquel. O sangue deixava uma trilha chegando até o corpo que desfalecia. Rogério se pronunciou:
- Você é culpada!
- A vida é engraçada. Devido à violência que sofri eu sempre carrego um equipamento de choque e uma faca em minha bolsa. Depois de anos o acaso me trouxe quem me violentara. Consegui a minha vingança e pena você ter presenciado. Mas foi tão doce que me aguçou a curiosidade. Agora sei que mais doce que a vingança é o sabor de ver a morte de canalhas.
Raquel enfiou novamente a sua faca no peito de Rogério. Rogério cuspia sua última gota de sangue enquanto Raquel sorria em êxtase.