- UMA NOVA MENSAGEM: - Desista de sua namorada, agora ela é minha. Fim da Mensagem. – Soava a secretária eletrônica.
Rogério Dantas levantou da cama. Caminhou desorientado, se escorando nos móveis até chegar à cozinha. Não demorou muito em seu café e retornou para o quarto, se vestiu e caminhou até a porta de sua casa. Antes que saísse percebeu um bilhete colocado em sua casa através da fresta da porta: - Desista de sua namorada, agora ela é minha. Sua mente se fixara nas mensagens, tanto do telefone quanto as colocadas por debaixo da porta. Nada o impediria de solucionar aquele enigma. Para tanto contratou um detetive particular que iria encontrá-lo naquela manhã. Uma chuva fina deixava a calçada escorregadia e a paisagem coberta de guarda-chuvas. Não demorou muito para que chegasse a uma cafeteria perto de sua casa: - Aqui estão às fotos, não observei nada de comprometedor nas fotos e na atitude de sua namorada. Na maioria das fotos ela estava com você - Rogério pagou pelo serviço, pegou o envelope, sentou em uma cadeira e enquanto o detetive se afastava começou a olhar as fotos. Como lhe fora informado, nas fotos ela aparecia em passeios com ele, mas ao olhar detalhadamente ele pode ver uma figura que se repetia como a segui-los. Seu corpo começou a esquentar. Em sua mente a imagem da traição se repetia. Pegou o telefone e ligou para Raquel: - Bom dia amor, beijos! - Estou indo para a sua casa agora. - Pode vir que estarei preparada para você. Rogério desligou o telefone. Começou a pensar sobre o comportamento de Raquel ao telefone. Tanto carinho, tanto amor. De súbito ele começou a imaginar se seria ele que Raquel imaginara falar, se seria ele o dono deste amor. Transtornado correu para o seu carro e seguiu para a casa de sua namorada, não passava das dez horas da manhã. Rogério acordou assustado. Olhou a sua volta e percebeu que estava no banheiro da casa de Raquel, no relógio marcava duas horas da madrugada. Se observou no espelho e viu seu corpo nu coberto de sangue. Caminhou lentamente para o quarto de sua namorada e para a sua surpresa encarou uma cena arrepiante. Um corte que partia do pescoço até a barriga quase dividia ao meio o corpo jovem da bela. Seus olhos azuis esbugalharam-se até sair de orbita. Quase escorregando no sangue espalhado pelo quarto, ao olhar para a parede que escorava a cama ele pode ver a inscrição: “Desista de sua namorada, agora ela é minha. Se quiser se vingar vá até o viaduto perimetral, estarei te esperando”. Foi o tempo de um banho e recolocar a roupa para que o carro de Rogério seguisse até a perimetral. Durante o percurso sua mente vagava nas imagens de amor com sua namorada. Uma visinha avisara a polícia sobre o barulho do apartamento ao lado do seu. Um grupo de policiais chegou à frente da porta de entrada do apartamento de Raquel. A porta estava aberta, lentamente, dentro da técnica necessária, entraram e se apavoraram com a cena horripilante. Depois do primeiro impacto observaram o escrito na parede e comunicaram a central. Rogério para na perimetral no ponto onde observa um carro parado. Ele desce do carro ao mesmo tempo que seu opressor desce do seu: - Alguém vai morrer hoje! Gritava Rogério. - Alguém vai morrer hoje! Respondeu seu oponente. - Você é louco, fica me repetindo. - Você é louco, fica me repetindo. - Hoje você morre seu louco! - Hoje você morre seu louco! Rogério correu em direção ao seu oponente. Socou o rosto, a boca tudo que seus punhos pudessem atingir. Escorou o corpo do assassino na mureta e empurrou. O corpo foi caindo letamente, pessoas que passavam se afastavam até escutarem o estrondo. Duas patrulhas da polícia chegaram ao local. Uma na ponte e outra abaixo dela. A patrulha da ponte observou que na perimetral se encontrava um carro parado de portas abertas. Um policial entrou no carro e encontrou o documento do proprietário. Abaixo da ponte um policial chegou até o corpo e pegou a identidade, ambos os policiais, o policial da ponte e o abaixo da ponte, falaram o nome das identidades: - Rogério Dantas. Fim...
Dupla Personalidade O transtorno dissociativo de identidade, originalmente denominado transtorno de múltiplas personalidades, conhecido popularmente como dupla personalidade, é uma condição mental onde um único indivíduo demonstra características de duas ou mais personalidades ou identidades distintas, cada uma com sua maneira de perceber e interagir com o meio. O pressuposto é que ao menos duas personalidades podem rotineiramente tomar o controle do comportamento do indivíduo. O critério de diagnósticotambém leva em consideração perdas de memória associadas, geralmente descritas como tempo perdido ou uma amnésiadissociativa aguda.2 A condição não tem relação com a esquizofrenia, ao contrário do que acredita a maioria das pessoas. O termo "esquizofrenia" vem das raízes das palavras "mente dividida", mas refere-se mais a uma fratura no funcionamento normal do cérebrodo que da personalidade. Como diagnóstico, o transtorno continua controverso, com muitos psiquiatrasargumentando que não há evidências empíricasque deem suporte ao diagnóstico. Por outro lado, alguns psiquiatras afirmam ter encontrado casos que parecem confirmar a existência da condição.