Escrever é viver duas vezes um bom Momento.
Antonio C Almeida
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   O Cadáver


    - Alô! Em que posso ajudar?
    - Tem um cadáver no apartamento 402.
    - Poderia repetir?
    - Tem um cadáver na rua das camélias bloco S apartamento 402.
    - Qual o seu nome Senhor?
    - Meu nome é Rogério.
    O telefone foi desligado. Em um apartamento pequeno, sentado a um sofá um homem toca o rosto. À sua volta a desordem estabelecida denota uma mente perturbada. As paredes pintadas em cinza, desgastadas pelo tempo, mantêm alguns quadros pendurados, retratos de um passado que teima em não passar. Rogério observa seu quarto, sentado em uma cama. Ao lado uma cômoda guarda uma arma. A sua frente uma corda dependurada arrumada em laço.
    - Viatura 47... Viatura 47... Viatura 47!
    Marcelo atende o rádio. Procura respirar fundo antes de falar. Tentando evitar deixar passar para a plantonista a sua condição. Ao seu lado Raquel o observa com olhar arregalado, atento, fixado nos olhos de Marcelo:
    - Viatura 47! Pode falar.
    - Verifiquem uma denuncia na rua das camélias bloco S apartamento 402. Foi informado que foi encontrado um cadáver.
    - OK!
    Marcelo olhou assustado para Raquel. Rapidamente ambos colocaram a roupa. Raquel ficou procurando desesperadamente a sua arma, até que a encontrou debaixo do banco do carona. Marcelo tentou se aproximar de Raquel para beijá-la, mas foi afastado com um forte empurrão. A viatura começou o percurso até o endereço da chamada.
    A cortina aberta deixava a luz da lua entrar no apartamento. Rogério caminhava desorientado entre os pequenos cômodos. Na cozinha um conjunto de facas chamava a atenção. Espetadas em um suporte de madeira, juntas formavam uma bela ornamentação. Rogério se aproximou, pegou a maior faca do conjunto e caminhou até o seu quarto, observou novamente a arma na cômoda. Olhou para o chão e caminhou lentamente em direção à janela do quarto. Se escorou no pequeno muro da sacada. Olhou a faca em sua mão e a colocou na cintura. O barulho de uma viatura da polícia o trouxe para a realidade. Ele caminhou para a sala.
    Marcelo encostou a viatura em frente ao bloco S da rua das camélias. Raquel estava agitada. Desceu da viatura, colocou sua arma no coldre e começou a caminhar até a entrada. Marcelo a segurou pelo braço. Falou-lhe que ela não estava preparada para o que se seguiria, mas Raquel se desvencilhou de Marcelo, mandou que ele aguardasse por alguns minutos e subiu até o apartamento 402. Não demorou muito e Marcelo escutou um tiro.
    Marcelo subiu rapidamente pelas escadas do bloco. Em poucos minutos chegou até o apartamento 402. Retirou a sua arma do coldre e entrou lentamente. Logo ao entrar ele pode ver Rogério caído ao chão, em sua mão uma faca. Nas paredes vários retratos de Rogério abraçado à Raquel. Marcelo observa sem conseguir compreender. Começa a procurar Raquel no pequeno apartamento. Entra no quarto e vê Raquel pendurada pelo pescoço. O seu corpo sangrava e balançava como um pêndulo. Marcelo sente uma faca lhe estocar pelas costas. Deixa a arma soltar de sua mão enquanto cai de joelhos...
    - Alô! Em que posso ajudar?
    - Aqui é da rua das camélias bloco S apartamento 402. Desculpe, eu me enganei, são dois corpos.
 



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Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 27/05/2013
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